ANDREA MURTA
DE WASHINGTON

Antes de se envolver em polêmicas por seu ultraconservadorismo cristão, uma das candidatas republicanas ao Senado nos EUA, Christine O'Donnell, fazia piqueniques em altares satânicos.
Não é brincadeira nem jogo sujo dos rivais, mas declaração da própria O'Donnell em uma entrevista de 1999, cujo vídeo agora veio à tona.
Segundo a queridinha do Tea Party (movimento de ultradireita) local, ela já fez "experimentos com bruxaria" e andava com pessoas "que faziam essas coisas".
"Um dos meus primeiros encontros com uma bruxa foi em um altar satânico. Havia um pouco de sangue e coisas assim. Fomos ao cinema e depois fizemos um piquenique à meia-noite no altar."
Foi apenas o último episódio a provocar uma chuva de críticas à candidata, que tem o apoio da ex-governadora do Alasca Sarah Palin.
Ela ganhou fama nacional após vencer, no dia 14, o republicano veterano Mike Castle nas primárias do partido em Delaware.
Além de suspeitas por uso irregular de verbas de campanha, O'Donnell ficou conhecida por chamar a homossexualidade de "distúrbio de identidade", ser contra a masturbação, dizer que a mulher deve se submeter ao marido e por aí vai...
A oposição à candidata, até mesmo dentro de seu partido, está tirando o máximo de proveito do episódio.
O estrategista republicano Karl Rove foi um dos primeiros. "Há muita gente que vai à igreja e vai querer saber que história é essa", disse Rove.
Na última pesquisa do instituto Rasmussen, ela está 11 pontos atrás do democrata Chris Coons (53% a 42%).
O'Donnell tentou fazer pouco caso do episódio no final de semana, perguntando a eleitores: "Quantos de vocês não se envolveram com gente estranha no colégio?".


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