São Paulo, quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Dilma e Barack Obama pedem ação conjunta contra a crise

Brasileira e americano se reuniram em NY

Pablo Martinez Monsivais/Associated Press
Obama e Dilma durante o lançamento de iniciativa pró-transparência em Nova York

ÁLVARO FAGUNDES
VERENA FORNETTI

DE NOVA YORK

Em encontro com o presidente dos EUA, Barack Obama ontem, a presidente Dilma Roussef defendeu ação coordenada dos países contra a crise econômica e elogiou o programa dos EUA para gerar empregos.
Dilma também falou a Obama sobre o desequilíbrio comercial entre os países e demonstrou preocupação com a crise europeia.
O governo do Brasil viu com bons olhos o anúncio feito anteontem por Obama de reforma tributária. O presidente americano condenou subsídios agrícolas, tema de interesse do Brasil.
Segundo o governo Dilma, a alegação de que subsídios não são meios legítimos para intervenção na economia poderá ser usada em pleitos brasileiros com negociadores dos EUA.
Na abertura da Assembleia Geral da ONU hoje, Dilma deve mencionar no discurso a situação econômica global.
Deve dizer que a instabilidade não pode prejudicar a continuação de projetos que ajudaram países a avançar.
Na noite de ontem, quando recebeu o prêmio Woodrow Wilson de Serviço Público, enfatizou que as nações não diretamente envolvidas com a crise não devem assistir passivamente à nova onda de retração econômica.
"Tivemos alta da renda e redução da desigualdade. Vivemos praticamente uma situação de pleno emprego. Tenho muito orgulho do momento que meu país está passando, mas imensa preocupação com o momento pelo qual o mundo passa."
Dilma será a primeira mulher na história a abrir o evento. Tradicionalmente, cabe ao Brasil fazer o discurso de abertura da reunião.
Obama e Dilma também lançaram programa para estimular a transparência política. Ela citou iniciativas como o Transparência Brasil (que divulga na internet gastos governamentais) como exemplos de ações para elevar a transparência no país.
Disse que o Programa Nacional de Banda Larga, que depende de uma série de resoluções para sair do papel, deve resolver os gargalos de ampliação do uso das redes digitais como instrumento de participação política.
Enquanto Dilma destacou programas de governo Obama ressaltou a importância de mais países adotarem ações para promover um governo aberto.


Texto Anterior: Roberto Abdenur: Novo conflito no Oriente Médio?
Próximo Texto: Estilo de presidente mistura suco de abacaxi e museus
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.