KARINE RODRIGUES
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A Superintendência da Regional Leste da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária) informou, antes do resultado do exame do material encontrado no escritório do "The New York Times", que vai antecipar a adoção de medidas no Rio contra contaminação por antraz.
Nesta terça-feira, o superintendente Paracy de Mesquita vai se reunir com representa+ntes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), do DAC (Departamento de Aviação Aérea) e da Polícia Federal para definir o treinamento de funcionários dos cinco aeroportos do Estado.
Na ocasião, a Anvisa vai apresentar uma cartilha que será distribuída em portos, em aeroportos e em áreas de fronteira.
Outra medida de segurança sanitária deve ser a transformação de uma sala do Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, em área de quarentena para materiais ou pessoas aguardarem o exame de peritos.
Ontem, a superintendente de saúde da Secretaria Estadual de Saúde, Yolanda Bravim, fez um apelo para que as pessoas parem de dar trotes com substâncias de aparência similar ao antraz.
"É extremamente importante que as pessoas deixem de passar esse tipo de trote", destacou ela, informando que 64 pessoas, que de forma direta ou indireta entraram em contato com material suspeito, foram atendidas no hospital estadual São Sebastião, no Caju. "Não foi constatado antraz ou outra bactéria", disse.
Os trotes têm sobrecarregado a equipe que coordena as ações de prevenção contra o antraz.
Bravim alertou que a população deve lacrar em um saco plástico qualquer substância suspeita e acionar a Defesa Civil ou a Polícia Civil, órgãos responsáveis pelo envio de material à Fiocruz.


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