São Paulo, domingo, 21 de outubro de 2001

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Consumidor pós-antraz toma Cipro e usa luva

DE NOVA YORK

O pânico do bioterrorismo criou uma categoria de consumidor em Nova York, cidade que sempre foi a meca, ou melhor, o templo do consumo por excelência. É o consumidor pós-antraz.
Esse nova-iorquino típico estoca em casa o antibiótico Cipro, da Bayer (o laboratório está triplicando sua produção por conta da corrida às farmácias).
São US$ 69 pela caixa com seis pílulas mais US$ 75 pela consulta via internet. Nela, o usuário preenche uma ficha completa e deve responder ao "médico" oito questões. Uma delas: "Você sabe que atualmente não há nenhum risco de epidemia de antraz nos EUA, não sabe?".
Além disso, o consumidor pós-antraz que se preza tem de ter pelo menos um pacote de luvas cirúrgicas (US$ 5 a caixa com cinco unidades). Afinal, desde segunda-feira todos os carteiros também estão usando, assim como máscaras (US$ 0,99 cada).
À noite, antes de dormir? O livro que se tornou best seller: "Germs", co-escrito por Judith Miller, a jornalista do "The New York Times" que foi alvo de uma das cartas-ameaça.


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