|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Consumidor pós-antraz toma
Cipro e usa luva
DE NOVA YORK
O pânico do bioterrorismo criou uma categoria de
consumidor em Nova York,
cidade que sempre foi a meca, ou melhor, o templo do
consumo por excelência. É o
consumidor pós-antraz.
Esse nova-iorquino típico
estoca em casa o antibiótico
Cipro, da Bayer (o laboratório está triplicando sua produção por conta da corrida
às farmácias).
São US$ 69 pela caixa com
seis pílulas mais US$ 75 pela
consulta via internet. Nela, o
usuário preenche uma ficha
completa e deve responder
ao "médico" oito questões.
Uma delas: "Você sabe que
atualmente não há nenhum
risco de epidemia de antraz
nos EUA, não sabe?".
Além disso, o consumidor
pós-antraz que se preza tem
de ter pelo menos um pacote
de luvas cirúrgicas (US$ 5 a
caixa com cinco unidades).
Afinal, desde segunda-feira
todos os carteiros também
estão usando, assim como
máscaras (US$ 0,99 cada).
À noite, antes de dormir?
O livro que se tornou best seller: "Germs", co-escrito por
Judith Miller, a jornalista do
"The New York Times" que
foi alvo de uma das cartas-ameaça.
Texto Anterior: Paranóia: Pós-atentado cria histeria coletiva Próximo Texto: Kit doméstico detecta bactéria Índice
|