São Paulo, quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Com popularidade em baixa, Zapatero reforma ministério

Premiê espanhol anuncia cortes em várias pastas para diminuir os gastos do Estado

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O premiê da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, anunciou, ontem, uma série de mudanças ministeriais como forma de enfrentar a crise econômica que atinge o país.
Um a cada cinco espanhóis está sem trabalho. O desemprego é de 20%, o dobro da média encontrada na União Europeia.
"Vai ser um governo das reformas, da recuperação definitiva da economia e do mercado de trabalho. Esse é o sentido político das alterações", disse Zapatero.
A difícil situação econômica da Espanha resultou em queda do índice de popularidade do governo, abaixo dos 30% de acordo com as últimas pesquisas publicadas.
Uma das principais mudanças foi no Ministério de Relações Exteriores, com a entrada de Trinidad Jiménez no lugar de Miguel Ángel Moratinos.
O braço direito do premiê passa a ser Pérez Rubalcaba, que substitui María de la Vega como vice-premiê.
De la Vega foi a primeira mulher da história da democracia espanhola a ocupar o cargo.
Sua nomeação representou uma das formas de o premiê mostrar que levaria a sério uma das bandeiras de seu governo, a de lutar pela igualdade de direitos entre homens e mulheres.
Para promover políticas que possibilitassem tal objetivo, Zapatero criou o Ministério da Igualdade.
Comandada por Bibiana Aído, a mais jovem mulher a chefiar um ministério, a pasta buscou reduzir o preconceito na sociedade espanhola, transformando o feminismo em política de Estado.
Porém, para diminuir os gastos, o número de ministérios foi reduzido de 17 para 15 - e o Ministério da Igualdade foi desativado.
Já a pasta do Trabalho, tema sensível em momento de insatisfação dos trabalhadores, será agora comandada por Valeriano Gómez. Ele terá de lidar com as greves que podem estourar nos próximos meses.
No dia 29 de setembro, por exemplo, uma greve geral, convocada pelos dois maiores sindicatos do país, parou a Espanha, principalmente Madri.


Texto Anterior: Foco: Após resgate, cinco mineiros chilenos pedem as namoradas em casamento
Próximo Texto: Corte federal volta a proibir militares americanos gays
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.