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IRAQUE SOB TUTELA
Talabani não estava nos veículos; atentado feriu cinco
Insurgência ataca comboio
de auxiliares do presidente
DA REDAÇÃO
Cinco funcionários da Presidência iraquiana foram feridos
por uma bomba acionada por
controle remoto numa estrada a
70 km ao sul de Kirkuk. O presidente do Iraque, Jalal Talabani
não estava no comboio, disse o
coronel Abbas al Bayati, porta-voz da polícia.
A bomba explodiu quando os
veículos da Presidência se aproximavam da cidade de Tuz Khurmatu, na madrugada de sexta para sábado. O grupo voltava para
Bagdá, procedente do Curdistão.
O presidente Talabani é curdo.
Segundo a Reuters, o ato traz a
marca de autoria da insurgência
sunita, ainda inconformada com
a hegemonia política dos curdos e
xiitas, reiterada pelas eleições de
15 de dezembro, cujos resultados
foram anunciados na última sexta-feira -a aliança xiita ficou
com 128 das 275 cadeiras do Conselho Nacional.
O presidente iraquiano raramente utiliza a malha rodoviária
para seus deslocamentos dentro
do país. Prefere viajar de avião ou
helicóptero, em razão da insegurança das estradas.
É provável, assim, que os insurgentes não visassem diretamente
Talabani. Mas sabiam que dariam
uma prova de força ao atingirem
funcionários e assessores, de graduação e identidade não reveladas pelo governo. A Associated
Press diz que entre eles havia
guarda-costas.
Outra bomba numa rodovia
matou um civil britânico, informou ontem, em Londres, o Ministério das Relações Exteriores.
Stephen Enwright, 30, trabalhava
para uma empresa de segurança,
e sua morte ocorreu na última
quinta-feira. O porta-voz da
chancelaria britânica não informou o local do atentado.
Num sábado coalhado por incidentes, outra bomba na beira de
uma estrada matou um civil nas
imediações de Karbala. Um carro-bomba explodiu ao meio-dia
num mercado do bairro de Shaab,
em Bagdá. A explosão feriu quatro pessoas e destruiu uma loja.
Atiradores matavam pouco depois um major do Exército iraquiano, Raid Maamoun, seu filho
e seu guarda-costas. O ataque
ocorreu em Qadisiyah, 50 km ao
sul de Tirkit.
Um outro militar, o major Haider Mohammed, foi morto ao sair
de sua casa em Diwaniyah, cidade
ao sul da capital. Ainda em Bagdá,
três açougueiros foram mortos
por rajadas de metralhadora disparadas de um automóvel.
Apelo por jornalista
Um grupo de representantes da
comunidade muçulmana nos Estados Unidos chegou ontem a
Bagdá para participar das gestões
para libertar a jornalista Jill Carroll, repórter do "Christian Science Monitor", seqüestrada no dia 7
de janeiro.
"Nós somos as únicas pessoas
que vieram de fora do Iraque para
pedir pela libertação de Jill, e temos muita esperança de que nossa mensagem, em nome dos muçulmanos americanos, será ouvida", disse Nuhad Awad, membro
do Conselho das Relações Americano-Islâmicas.
Os seqüestradores da jornalista
ameaçaram matá-la na sexta à
noite caso o comando americano
no Iraque não libertasse todas as
mulheres iraquianas presas sob
suspeita de vínculos com a insurgência.
Os EUA confirmaram que têm
sob sua custódia nove iraquianas,
mas não comentaram se alguma
delas será solta.
Com agências internacionais
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