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ESTADO X IGREJA
Atritos têm marcado relação
da "Reuters"
A visita do papa João Paulo 2º
ao México ocorre no melhor
momento da história para as
relações entre o governo do
país e a Igreja Católica.
Os mais velhos ainda se lembram do tempo em que padres
eram caçados e mortos. Há
apenas sete anos, sacerdotes
não podiam votar, sair às ruas
usando batina ou celebrar missas ao ar livre.
Em 1992, o país estabeleceu
relações diplomáticas com o
Vaticano, e o relacionamento
entre Estado e igreja melhorou.
O presidente mexicano, Ernesto Zedillo, foi o primeiro chefe
de Estado do país a visitar o papa em Roma.
Mas ainda há problemas. Diversos padres foram expulsos
do Estado de Chiapas, palco da
revolta zapatista. Também há
divergência quanto às políticas
oficiais para educação (a igreja
não pode dirigir escolas primárias) e saúde (particularmente
campanhas que pregam o uso
da camisinha), além da adesão
à economia de mercado.
Um dos episódios mais marcantes do conflito entre governo e igreja no México foi a
guerra civil desencadeada por
leis que colocaram a Igreja Católica sob controle do Estado,
na década de 20.
Líderes religiosos do Estado
de Tabasco, no golfo do México, passaram a se recusar a celebrar missas. Camponeses
protagonizaram um levante armado contra o governo.
A repressão foi severa. O nome da capital de Tabasco foi
mudado de San Juan Bautista
para Villahermosa. A catedral
da cidade foi transformada em
um ginásio de esportes, e padres foram forçados a se casar
com concubinas.
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