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Moscou critica plano antimísseis do governo norte-americano
de Nova York
A proposta do governo norte-americano de construir um sistema de defesa, em todo o país, para
prevenir ataques de mísseis inimigos criou um entrave diplomático
com a Rússia.
A intenção da Casa Branca foi
anunciada anteontem. As Forças
Armadas vão receber um acréscimo de US$ 10,5 bilhões em seu orçamento até o ano 2005 -US$ 6,6
bilhões irão para pesquisas que
viabilizem montar um sistema de
defesa contra ataques de mísseis.
Para criar esse sistema os EUA
precisariam revisar com a Rússia o
tratado antimísseis assinado em
1972. Ficou acertado que só poderiam ser construídos sistemas de
defesa em torno das capitais (Washington não tem, mas Moscou
construiu) e ao redor de bases de
lançamento de mísseis de ataque.
O presidente Bill Clinton escreveu uma carta ao presidente da
Rússia, Boris Ieltsin, afirmando
que não estava ferindo o acordo.
Mas, segundo Serguei Prijodko,
subchefe de gabinete, a Rússia entende que a intenção norte-americana fere o acordo e contraria os
desejos do país. A China também
se posicionou contra, dizendo que
os EUA pretendem aumentar seu
poderio bélico.
A secretária de Estado norte-americana, Madeleine Albright,
viajará para Moscou na próxima
semana para tentar convencer o
governo russo da necessidade do
programa antimísseis.
²
Países hostis
O sistema funcionaria nas principais cidades dos EUA. Segundo o
departamento de Defesa do país, a
intenção é impedir ataques de países hostis, como o Iraque, o Irã e a
Coréia do Norte.
O governo avalia que a Coréia do
Norte, desde o lançamento de seu
foguete Taepo Dong 1 em 1998, já
tem tecnologia suficiente para promover um ataque de longa distância aos Estados Unidos.
(MaD)
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