São Paulo, sexta, 22 de janeiro de 1999

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Moscou critica plano antimísseis do governo norte-americano

de Nova York

A proposta do governo norte-americano de construir um sistema de defesa, em todo o país, para prevenir ataques de mísseis inimigos criou um entrave diplomático com a Rússia.
A intenção da Casa Branca foi anunciada anteontem. As Forças Armadas vão receber um acréscimo de US$ 10,5 bilhões em seu orçamento até o ano 2005 -US$ 6,6 bilhões irão para pesquisas que viabilizem montar um sistema de defesa contra ataques de mísseis.
Para criar esse sistema os EUA precisariam revisar com a Rússia o tratado antimísseis assinado em 1972. Ficou acertado que só poderiam ser construídos sistemas de defesa em torno das capitais (Washington não tem, mas Moscou construiu) e ao redor de bases de lançamento de mísseis de ataque.
O presidente Bill Clinton escreveu uma carta ao presidente da Rússia, Boris Ieltsin, afirmando que não estava ferindo o acordo.
Mas, segundo Serguei Prijodko, subchefe de gabinete, a Rússia entende que a intenção norte-americana fere o acordo e contraria os desejos do país. A China também se posicionou contra, dizendo que os EUA pretendem aumentar seu poderio bélico.
A secretária de Estado norte-americana, Madeleine Albright, viajará para Moscou na próxima semana para tentar convencer o governo russo da necessidade do programa antimísseis.
² Países hostis
O sistema funcionaria nas principais cidades dos EUA. Segundo o departamento de Defesa do país, a intenção é impedir ataques de países hostis, como o Iraque, o Irã e a Coréia do Norte.
O governo avalia que a Coréia do Norte, desde o lançamento de seu foguete Taepo Dong 1 em 1998, já tem tecnologia suficiente para promover um ataque de longa distância aos Estados Unidos. (MaD)



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