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Argentina diz estar com as mãos atadas
DE BUENOS AIRES
Embora insista na "via
diplomática" para dirimir
a questão da exploração de
petróleo nas Malvinas, a
Argentina admite ser "impossível obrigar o país
[Reino Unido] a negociar".
Foi o que disse o vice-chanceler argentino, Victorio Taccetti, à BBC Brasil, ao referir-se ao pleito
que o chanceler Jorge
Taiana levará na quarta ao
secretário-geral da ONU,
Ban Ki-moon, para convencer Londres a "sentar
para dialogar sobre a soberania e superar essa anacrônica situação colonial".
Além de impor, na semana passada, barreira à
circulação de navios em
águas argentinas e entre
seus portos, com o fim de
dificultar e encarecer as
ações de prospecção britânicas, a Casa Rosada estuda sanções às petroleiras
envolvidas no caso.
Mas a britânica Desire
Petroleum ratificou seu
cronograma de trabalho,
que previa para ontem o
início das perfurações.
Um advogado e um ex-deputado argentinos apresentaram na Justiça denúncia contra a inclusão
pelo governo do banco
Barclays -acionista da
Desire Petroleum- entre
os operadores de sua futura proposta de troca da dívida. Citaram incoerência
da Casa Rosada e pedem a
exclusão do banco.
A aposta argentina em
sanções econômicas e censura internacional a Londres tem sido criticada como pouco inteligente. O
ex-vice-chanceler Andrés
Cisneros disse que "a filosofia do tudo ou nada sempre termina em nada para
o lado mais frágil", em artigo no "Clarín", em que
pede mais flexibilidade e
inteligência ao governo.
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