|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Saiba por que os alunos bebem
de Nova York
A diretora do programa de prevenção da Universidade da Virgínia, Susan Grossman, trabalha para eliminar o consumo de álcool
entre seus estudantes. Ela diz ter
feito "razoável sucesso", mas que o
principal desafio não é a bebida,
mas o que ela representa.
"Ao sair de casa, o jovem tem
aquela sensação de que pode tudo
e quer fazer de tudo. Mas é uma
criança ainda. Eles fazem sexo sem
cuidado e têm filhos que não esperavam. Eles bebem demais e acabam tendo problemas que nunca
imaginaram", afirma.
Para ela, a bebida nas universidades tem o efeito de "socializar" o
estudante. "Quem não bebe é segregado. Festas, jogos, qualquer tipo de atividade por aqui envolve a
bebida e ela é parte essencial da comemoração. Se você não bebe, não
faz parte disso", afirma.
No ano passado, Grossman distribuiu aos estudantes uma carta
assinada por todos os atletas da
universidade. Eles diziam que, caso as pessoas estivessem assistindo
às competições esportivas com o
pretexto de beber, era melhor que
não o fizessem. "A paixão pelo esporte é maior do que a paixão pela
bebida", diz.
Para ela, a melhor forma de reduzir o número de estudantes que bebem é difundir programas para o
próprio corpo discente. "Se a faculdade impõe alguma coisa, fica a
impressão de que nós somos os
pais deles. Eles não ouvem. Eles só
ouvem a eles mesmos."
Grossman explica que, em razão
disso, vem caindo o número de
programas tradicionais de aconselhamento. Em 1993, eles estavam
em 59% das universidades norte-americanas. Em 1998, em 51%.
"Estamos substituindo o método
tradicional por programas individuais, conversas ao ar livre e outros tipos de atividade."
(MaD)
Texto Anterior: Conheça casos de estudantes que morreram Próximo Texto: Alcoólatras são 5% da população Índice
|