São Paulo, terça-feira, 22 de março de 2011

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Brasil já discute mecanismos de proteção

DE NOVA YORK

Por onde o investimento chinês passa, deixa um rastro de reclamação e de aumento da proteção da indústria local -efeitos já sentidos no Brasil.
Prova disso é o novo marco regulatório da mineração, que deverá ser votado pelo Congresso neste semestre. O texto terá mecanismos de restrição de capital internacional na exploração dos recursos naturais.
A nova legislação não pretende eliminar o investimento vindo de fora, mas limitar o avanço da China na extração de minério de ferro, que atualmente representa mais de 40% do que os chineses compram do Brasil.
Ainda no final do governo Lula, o Planalto começou a estudar limites para os investimentos da China. Restrições já estão em prática para a compra de terras.
No ano passado, os investimentos diretos do país asiático no Brasil somaram US$ 13,78 bilhões, de acordo com a Heritage Foundation. Os dados divulgados pelo governo brasileiro são inferiores porque não captam os investimentos chineses que passam por outros países.
Mauricio Moreira Mesquita, do BID, diz que já há sinais de insatisfação na América Latina com a China, mas que também há receio, especialmente dos grandes produtores de commodities, de ofender o gigante asiático.
Para Derek Scissors, da Heritage Foundation, é natural que existam sinais de objeção no Brasil depois de receber tanto investimento em um prazo curto.
Mas ele avalia que a maior parte das críticas parece vir dos problemas no comércio entre os dois países, que acabam por respingar nas objeções aos investimentos.


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