São Paulo, quarta-feira, 22 de abril de 2009

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CONSPIRAÇÃO NA BOLÍVIA

Húngaro morto pela polícia planejava milícia separatista

DA ASSOCIATED PRESS

O boliviano-húngaro Eduardo Rózsa Flores -um dos três mortos pela polícia boliviana na quinta-feira passada, acusados de conspirar contra a vida do presidente Evo Morales- afirmou em entrevista em setembro passado que planejava se integrar à "resistência armada" pela independência do departamento de Santa Cruz, o principal bastião oposicionista boliviano.
A entrevista foi ao ar na TV estatal húngara ontem. Segundo o âncora do canal, Andras Kepes, Rózsa, um veterano da guerra de independência da Croácia, pediu que suas declarações só fossem reveladas quando ele voltasse à Hungria ou morresse.
É mais um lance do enredo nebuloso em torno do suposto plano para matar Morales. Além do húngaro-boliviano, Arpád Magyarosi, romeno, e Michael Dwyer, irlandês, foram mortos pela polícia em Santa Cruz. Mario Tadic, boliviano e croata, e Elod Toasó, húngaro, foram presos.
O caso mobilizou diplomatas de Hungria, Irlanda e Croácia. O governo húngaro questionou a versão boliviana. Morales criticou-os por defender "mercenários".
A polícia disse ter achado armas, explosivos e planos para matar Morales com o grupo. A elite cruzenha lidera a oposição ao governo de La Paz pedindo autonomia administrativa. Há grupos menores que pregam abertamente o separatismo.


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