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GUERRA SEM LIMITES
Voz que a Al Jazeera diz ser do número 2 de Bin Laden afirma que Ocidente só entende a língua do assassinato
Fita atribuída à Al Qaeda pede atentados
DA REDAÇÃO
A TV árabe Al Jazeera, do Qatar, divulgou ontem uma fita de
áudio na qual uma voz, que a emissora atribuiu ao número dois
da Al Qaeda, o egípcio Ayman al Zawahiri, volta a pedir aos muçulmanos que ataquem alvos dos EUA, de Israel e de outros países.
"Os cruzados [cristãos] e os judeus só entendem a linguagem do
assassinato, do banho de sangue e das torres em fogo [referência ao
World Trade Center]", disse a voz que seria de Zawahiri, o braço direito de Osama bin Laden na rede responsável pelos atentados de 11
de setembro de 2001.
"Ataquem as missões dos EUA,
do Reino Unido, da Austrália, da
Noruega, assim como seus interesses, empresas e empregados",
disse. Não se sabe por que a Noruega foi incluída, já que o país
não teve participação especial nas
ações dos EUA no Afeganistão e
no Iraque. Os EUA fecharão sua
Embaixada em Oslo hoje.
Zawahiri é fundador de um grupo extremista islâmico que tentou
derrubar o governo do Egito nos
anos 90. Tanto Bin Laden quanto
seu braço direito provavelmente
sobreviveram à operação militar
dos EUA no Afeganistão, mas estão desaparecidos.
A exibição ocorre quando parece haver uma retomada das ações
terroristas. Na semana passada,
houve ataques na Arábia Saudita
(34 mortos, entre eles nove terroristas) e em Marrocos (41 mortos,
entre eles 13 suicidas). A Arábia
Saudita culpou a Al Qaeda; o Marrocos disse não ter provas.
Anteontem, os EUA elevaram o
nível de alerta devido à ameaça de
ataques em solo americano ou
contra alvos do país no mundo.
Bases e instalações militares nos
EUA estavam em máximo alerta.
A fita parece ter sido gravada na
época da guerra no Iraque (iniciada em 19 de março), pois apela à
resistência dos iraquianos. Não
menciona os atentados na Arábia
Saudita e em Marrocos.
"Devemos nos perguntar por
que uma cadeia de notícias transmite essa classe de retórica incendiária", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Richard
Boucher. Os EUA investigarão a
autenticidade da gravação.
Uma fonte no governo saudita
disse que três homens armados
com passaportes marroquinos teriam sido presos no aeroporto de
Jidda quando se preparavam para
sequestrar um avião e jogá-lo sobre algum símbolo do país. O Ministério do Interior negou.
O Egito fortaleceu ontem o esquema de segurança perto de embaixadas e locais turísticos.
Com agências internacionais
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