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Operação em aldeia uzbeque deixa 2 mortos no Quirguistão
Ação ocorre em Och, onde 2.000 morreram em choques étnicos
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A cidade de Och, a segunda maior do Quirguistão, voltou a ser palco de violência
ontem, com uma operação
das forças de segurança governamentais contra uma aldeia da minoria uzbeque que
deixou dois mortos.
A cidade foi o epicentro
dos conflitos étnicos entre
uzbeques e a maioria quirguiz, iniciados em 10 de junho, nos quais ao menos 208
pessoas morreram.
No entanto, a presidente
interina do país, Roza Otunbaieva, disse na semana passada que o número de mortes
pode passar de 2.000.
Autoridades informaram
que a ação de ontem na aldeia de Nariman teve o objetivo de localizar criminosos.
Segundo o governo, sete
pessoas foram detidas sob
suspeita de envolvimento no
assassinato do chefe de polícia local, há uma semana.
Os uzbeques -que acusam as forças de segurança
de conluio com os quirguizes
durante os choques étnicos-
relataram que os soldados
bateram em homens e mulheres com os canos dos rifles. As autoridades não comentaram o assunto.
O governo interino, no comando desde o golpe de Estado que derrubou do poder
Kurmanbek Bakiev em abril,
acusa seguidores do ex-presidente de causar os conflitos
para impedir um referendo
no próximo domingo sobre
mudanças na Constituição.
A votação é um passo necessário antes da realização
de eleições parlamentares,
previstas para outubro.
Otunbaieva comprometeu-se ontem, durante visita
a Jalalabad -onde também
houve confrontos-, a levar o
referendo adiante, apesar de
temores sobre a segurança.
"A realização desse referendo se tornou necessária
porque precisamos criar uma
base legal", afirmou a líder
interina. "Se permitirmos
atrasos, isso irá nos ameaçar
com mais instabilidade."
Os EUA -que, como a Rússia, têm uma base aérea no
país- pediram uma investigação internacional sobre as
causas do conflito. Já Bakiev
negou fomentar a violência.
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