São Paulo, terça-feira, 22 de junho de 2010

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Operação em aldeia uzbeque deixa 2 mortos no Quirguistão

Ação ocorre em Och, onde 2.000 morreram em choques étnicos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A cidade de Och, a segunda maior do Quirguistão, voltou a ser palco de violência ontem, com uma operação das forças de segurança governamentais contra uma aldeia da minoria uzbeque que deixou dois mortos.
A cidade foi o epicentro dos conflitos étnicos entre uzbeques e a maioria quirguiz, iniciados em 10 de junho, nos quais ao menos 208 pessoas morreram.
No entanto, a presidente interina do país, Roza Otunbaieva, disse na semana passada que o número de mortes pode passar de 2.000.
Autoridades informaram que a ação de ontem na aldeia de Nariman teve o objetivo de localizar criminosos.
Segundo o governo, sete pessoas foram detidas sob suspeita de envolvimento no assassinato do chefe de polícia local, há uma semana.
Os uzbeques -que acusam as forças de segurança de conluio com os quirguizes durante os choques étnicos- relataram que os soldados bateram em homens e mulheres com os canos dos rifles. As autoridades não comentaram o assunto.
O governo interino, no comando desde o golpe de Estado que derrubou do poder Kurmanbek Bakiev em abril, acusa seguidores do ex-presidente de causar os conflitos para impedir um referendo no próximo domingo sobre mudanças na Constituição.
A votação é um passo necessário antes da realização de eleições parlamentares, previstas para outubro.
Otunbaieva comprometeu-se ontem, durante visita a Jalalabad -onde também houve confrontos-, a levar o referendo adiante, apesar de temores sobre a segurança.
"A realização desse referendo se tornou necessária porque precisamos criar uma base legal", afirmou a líder interina. "Se permitirmos atrasos, isso irá nos ameaçar com mais instabilidade."
Os EUA -que, como a Rússia, têm uma base aérea no país- pediram uma investigação internacional sobre as causas do conflito. Já Bakiev negou fomentar a violência.


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