São Paulo, segunda-feira, 22 de agosto de 2005

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Palestinos buscam nomes árabes para colônias

DA REDAÇÃO

Neve Dekalim poderá tornar-se a cidade Iasser Arafat, Morag poderá chamar-se Terra da Vitória e Atzmona poderá receber o nome de um doador de fundos para os palestinos. Diante do iminente desmantelamento dos assentamentos judaicos em Gaza, os palestinos já procuram novos nomes para rebatizar os territórios que lhes serão devolvidos depois de 38 anos de ocupação.
Em sua casa semidestruída em Rafah, na fronteira entre Gaza e o Egito, Tahani Abdelrahman imagina uma cidade chamada Iasser Arafat, em homenagem ao líder palestino morto em novembro. "Ele lutou por nós. De certa forma, segue sendo nosso presidente, e dar seu nome à terra recuperada em Gaza é o mínimo que podemos fazer", afirma.
Mais pragmático, o governador de Rafah, Majid Agha, assegura que os países que ajudarem financeiramente a construir as cidades merecerão uma lembrança na hora de batizá-las. "Por exemplo, se o rei Abdullah da Jordânia nos ajudar a construir uma cidade, é normal que ela leve o seu nome", diz Agha.
Os habitantes de Rafah explicam que onde estava o assentamento de Morag se construirá uma cidade que poderá chamar-se xeque Zayed bin Nahyan, nome do presidente dos Emirados Árabes Unidos, que se disse disposto a doar US$ 100 milhões para construir uma cidade para 30 mil palestinos sobre os escombros da colônia judaica.
Recentemente, o primeiro-ministro palestino, Ahmed Korei, declarou que serão dados nomes árabes a todos os 21 assentamentos israelenses que estão sendo destruídos.


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