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PARAGUAI
Lugo muda comando militar e prefere policiais para escolta
DA REDAÇÃO
O presidente do Paraguai,
Fernando Lugo, nomeou ontem novos comandantes para a Marinha, o Exército e a
Aeronáutica e também trocou a maioria dos demais altos postos militares.
A exceção foi o general
Bernardino Soto Estigarribia, que manteve o maior
cargo na hierarquia, o de comandante das Forças Militares. Na terça, o esquerdista
Lugo, que assumiu no dia 15,
trocou o comando da Polícia
Nacional. As duas instituições são tidas como desafio
ao governo, em especial pelos episódios de corrupção.
É uma tradição a substituição de comandantes militares com a mudança de governo. Mas o governo Lugo, que
põe fim a 61 anos de poder do
Partido Colorado, atrai atenção ao tema. Há uma histórica ligação entre colorados e
militares. O ditador e general
Alfredo Stroessner (1954-1989) comandava a legenda e
obrigava oficiais a se filiar.
Antes mesmo da posse, vários generais elogiaram a
eleição de Lugo e lembraram
a institucionalização das
Forças. Segundo o jornal local "Última Hora", porém, há
mal-estar entre o general Soto e o ministro da Defesa, o
general da reserva Luis Bareiro Spaini. O ministro teria
decidido os postos à revelia
do comandante. Spaini passou à reserva em 2005, por
divergência com o comandante militar que cuidava da
segurança da Presidência.
Lugo também decidiu que
a polícia, e não militares, farão sua segurança direta.
Ontem, o ex-presidente
colorado Nicanor Duarte
(2003-2008) tentou, sem
êxito, assumir o cargo de senador para o qual foi eleito
em abril. O PLRA, principal
sigla da coalização de Lugo,
impediu que a seção tivesse
quórum porque diz que
Duarte concorreu ilegalmente enquanto era presidente. Como ex-mandatário,
ele já tem direito a voz, mas
não a voto no Senado.
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