São Paulo, sábado, 22 de setembro de 2007

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Cubanos trocam velhas geladeiras russas e americanas por modelo chinês

Alejandro Ernesto/EFE
Geladeiras antigas substituídas por modelos chineses novos, em um caminhão em Havana


DA REDAÇÃO

Centenas de geladeiras têm sido arrastadas para fora das casas de Havana, em um desfile de relíquias refrigeradoras. Muitas delas são da época do ditador Fulgêncio Batista e estão condenadas a serem substituídas por aparelhos chineses, modernos e econômicos, que o governo vende à população.
"É como se fosse da família", disse à agência Efe Yolanda, 71, prestes a se desfazer de uma Westinghouse que a acompanha desde 1950. Como ela, milhares de moradores de Havana aguardam os caminhões com trabalhadores que lhes perguntam se querem trocar seu velho "frío" por um novo. O plano de substituição faz parte da denominada "revolução energética", iniciada em Cuba em 2005 para melhorar o sistema de distribuição de energia e diminuir o consumo de eletricidade.
Nesse último ponto, um dos elementos principais é a eliminação dos "devoradores de energia", como o ditador Fidel Castro descreveu os aparelhos, de origem russa ou americana -alguns fabricados antes da revolução de 1959- que ainda funcionam no país.
Os aparelhos chineses custam aos cubanos o equivalente a US$ 270, preço que, apesar de subsidiado, em um país onde a renda é em torno de US$ 15, cria um obstáculo que o governo tenta solucionar com créditos a juros baixos em função do salário do comprador.


Com a agência Efe


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