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ÁFRICA DO SUL
Mbeki oficializa renúncia, e partido oficial pode rachar
DA REUTERS
Enquanto o presidente
Thabo Mbeki anunciava ontem que havia entregue sua
carta de renúncia ao Parlamento, alguns de seus partidários cogitavam deixar o
CNA (Congresso Nacional
Africano), que é majoritário,
e criar um novo partido.
Mbeki anunciou sábado
que estava deixando a chefia
do Estado em razão de voto
de desconfiança da direção
do CNA. Foi o desfecho de
manobra comandada pelo
ex-vice-presidente Jacob
Zuma, atual presidente do
partido e desafeto de Mbeki.
Segundo o jornal sul-africano "Sunday Times", o atual
ministro da Defesa, Mosioua
Lekota, e seu ministro-adjunto, Mluleki George, deverão se reunir esta semana
com dissidentes que recusam a liderança de Zuma, favorito nas eleições presidenciais do ano que vem.
O surgimento de um novo
partido a partir do CNA modificaria de modo significativo a paisagem política sul-africana. A sigla, clandestina
durante o regime de segregação do apartheid, representou a conciliação das comunidades branca e negra nas
complicadas negociações
que levaram à eleição à chefia do Estado de Nelson
Mandela (1994-1999).
A direção do CNA disse
que indicaria hoje um nome
para concorrer no Parlamento a substituir Mbeki até o
fim do seu mandato.
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