São Paulo, segunda-feira, 22 de setembro de 2008

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ÁFRICA DO SUL

Mbeki oficializa renúncia, e partido oficial pode rachar

DA REUTERS

Enquanto o presidente Thabo Mbeki anunciava ontem que havia entregue sua carta de renúncia ao Parlamento, alguns de seus partidários cogitavam deixar o CNA (Congresso Nacional Africano), que é majoritário, e criar um novo partido.
Mbeki anunciou sábado que estava deixando a chefia do Estado em razão de voto de desconfiança da direção do CNA. Foi o desfecho de manobra comandada pelo ex-vice-presidente Jacob Zuma, atual presidente do partido e desafeto de Mbeki.
Segundo o jornal sul-africano "Sunday Times", o atual ministro da Defesa, Mosioua Lekota, e seu ministro-adjunto, Mluleki George, deverão se reunir esta semana com dissidentes que recusam a liderança de Zuma, favorito nas eleições presidenciais do ano que vem.
O surgimento de um novo partido a partir do CNA modificaria de modo significativo a paisagem política sul-africana. A sigla, clandestina durante o regime de segregação do apartheid, representou a conciliação das comunidades branca e negra nas complicadas negociações que levaram à eleição à chefia do Estado de Nelson Mandela (1994-1999).
A direção do CNA disse que indicaria hoje um nome para concorrer no Parlamento a substituir Mbeki até o fim do seu mandato.


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