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EQUADOR
Coronel golpista e milionário farão 2º turno
DA REDAÇÃO
O coronel reformado Lucio Gutiérrez, 45, e o milionário Álvaro
Noboa, 52, foram os candidatos
mais votados na eleição presidencial de anteontem no Equador e
disputarão o segundo turno, no
dia 24 de novembro.
A disputa está sendo considerada o confronto entre o populismo
esquerdista de Gutiérrez, um dos
líderes do golpe de Estado que
derrubou o então presidente Jamil Mahuad, em janeiro de 2000,
e o populismo de direita de Noboa, o homem mais rico do país,
dono de grandes fazendas produtoras de banana, nas quais foi acusado de empregar trabalho escravo e infantil.
O pleito de domingo foi o mais
acirrado da história do Equador.
Com 95% das urnas apuradas,
Gutiérrez aparecia com 20,2%
dos votos, contra os 17,4% de Noboa. Em seguida apareciam o socialista León Roldós (15,5%), o social-democrata Rodrigo Borja
(14,1%), o social-cristão Xavier
Neira (12,3%) e o populista Jacobo Bucaram (11,8%). A abstenção,
de 34%, foi recorde, apesar de o
voto ser obrigatório.
Gutiérrez, que fez sua campanha vestido em uniforme verde-oliva e é frequentemente chamado de "Hugo Chávez do Equador", em referência ao presidente
venezuelano, que também tem
passado golpista, prometeu ontem buscar o diálogo com os adversários derrotados e negou a
comparação com Chávez.
Noboa (sem parentesco com o
atual presidente, Gustavo Noboa)
disse não querer o apoio de nenhum político ou partido e afirmou que os equatorianos terão de
escolher "entre um governo comunista no estilo de Fidel Castro
ou um governo de empresas privadas, empregos e recuperação
econômica".
Gutiérrez negou ser comunista
e disse não ter orientação política,
por ter formação militar.
Com agências internacionais
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