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EUA
Ala conservadora do partido do presidente bloqueia votação da reforma dos serviços de inteligência defendida pela Casa Branca
Republicanos impõem derrota a Bush
DA REDAÇÃO
O presidente norte-americano,
George W. Bush, renovará a pressão no Congresso para conseguir
aprovar uma ampla reforma na
área de inteligência neste ano,
anunciou ontem o porta-voz da
Casa Branca. Um dia antes, a ala
conservadora do Partido Republicano impôs uma derrota ao governo ao bloquear a votação do
projeto de lei, alegando que diminuiria o poder do Pentágono.
"Permanecemos esperançosos
de que o Congresso continuará
trabalhando para finalizar o projeto", disse Bush no Chile, onde
participou da reunião da Apec
(Cooperação Econômica da Ásia
e do Pacífico, na sigla em inglês).
Baseado nas conclusões da comissão parlamentar que investigou os atentados do 11 de Setembro, o projeto de lei é um plano
para aprimorar as agências de espionagem nas áreas onde foram
identificados os pontos fracos.
McClellan disse que Bush quer
que o Congresso crie uma nova
direção nacional de inteligência
com "total poder orçamentário"
sobre os US$ 40 bilhões destinados anualmente para a área.
Mas um projeto de lei do Senado assegurando mais poderes fiscais encontrou uma forte oposição republicana na Câmara dos
Representantes (deputados), que
defende o controle orçamentário
nas mãos do Pentágono.
O projeto de lei bloqueado anteontem obrigaria o Pentágono,
que controla cerca de 80% desses
US$ 40 bilhões, a ceder a maior
parte dessa quantia a um diretor
de inteligência nacional.
"O que se está vendo são as forças a favor do status quo protegendo seus interesses, seja no
Congresso ou na burocracia", disse a senadora republicana Susan
Collins, a principal autora do projeto de lei, numa dura crítica aos
seus correligionários na Câmara.
A decisão de bloquear o voto foi
especialmente embaraçosa para
Bush, que até sexta-feira à noite
pressionou os republicanos rebeldes para aprovar o projeto de lei.
Imigração
Um dos opositores ao acordo é
o deputado republicano James
Sensenbrenner, presidente do
Comitê Judiciário. Ele defende a
inclusão nas reformas de medidas
legais sobre imigração, que foram
retiradas durante as negociações
do projeto.
Grupos de defesa dos direitos
civis fizeram objeções a algumas
dessas propostas, afirmando serem prejudiciais aos imigrantes.
Questionado sobre as propostas
sobre imigração, McClellan disse:
"Queremos assegurar que avançaremos nas reformas do serviço
de inteligência. Isso é o mais importante".
A Casa Branca diz ter confiança
em que um acordo sobre o projeto de lei possa ser costurado no
início de dezembro.
"Conversaremos com os congressistas e tentaremos reiniciar
essas discussões o mais rápido
possível", disse o porta-voz.
Com agências internacionais e o "New
York Times"
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