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PS francês
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próxima presidente
DA REDAÇÃO
Numa disputa em que a única
certeza é a de uma mulher vencerá, a ex-presidenciável derrotada Ségolène Royal, 55, e a ex-ministra do Trabalho, Martine
Aubry, 58, concorreram ontem
pela liderança do Partido Socialista (PS) francês. O segundo
turno do inédito duelo de damas definiria a substituta de
François Hollande, líder da legenda há onze anos.
A vencedora, cujo nome não
havia sido divulgado até o fechamento desta edição, será a
primeira mulher a tomar as rédeas da principal agremiação
de oposição ao presidente Nicolas Sarkozy, do partido de
centro-direita UMP. Ela deverá
protagonizar a revanche dos
socialistas na corrida presidencial de 2012, esperando reverter a tendência "perdedora" da
legenda, após três derrotas
consecutivas para presidente.
Ségolène Royal saiu na frente
na eleição de ontem -tinha
vencido o primeiro turno, anteontem, com 42% dos votos.
Mas Martine Aubry (34%) conta com o apoio do terceiro colocado, o eurodeputado Benoît
Hamon (23%), da ala esquerda
do partido. Ele pediu que seus
cerca de 31 mil eleitores votassem em Aubry. Após o encerramento da votação, às 22h locais
(19h de Brasília), a rádio "France Info" dizia que, no norte
(bastião de Aubry), a tendência
era favorável à ex-ministra.
Por outro lado, a imprensa
francesa destacou que, no primeiro turno, Ségolène conseguiu quase metade dos votos
originalmente destinados ao
prefeito de Paris, Bertrand Delanoë, que apóia pessoalmente
Aubry e saiu da disputa interna
na semana passada.
A principal tarefa da nova líder socialista será remodelar e
unificar um partido enfraquecido por disputas entre a ala esquerda e a linha aberta ao centro. Enfrentará o desafio de se
destacar de Sarkozy, fortalecido pela desorientação dos socialistas. No congresso nacional que realizou na semana
passada, o PS fracassou em redesenhar a direção política do
partido e definir um novo líder.
Aubry defende um PS "ancorado à esquerda". Ela foi a arquiteta da lei das 35 horas semanais de trabalho.
Ségolène polariza o PS: sua
política "de massas" tem o
apoio da militância, que vê nela
uma esperança de renovação.
Mas a cúpula da legenda vê nela
um risco de articulação com
partidos de centro.
A campanha foi marcada por
ataques pessoais entre as duas
candidatas e também entre Ségolène e seu ex-parceiro Hollande. Prestes a deixar o cargo,
o pai dos quatro filhos de Ségolène é conhecido pelo distanciamento de sua ex-parceira.
Ele não declarou apoio formal a
nenhuma das duas candidatas.
Com agências internacionais
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