São Paulo, domingo, 22 de novembro de 2009

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Pivô do caso teria recebido US$ 178 mil

DA REPORTAGEM LOCAL

No último dia 30, o suboficial da FAP (Força Aérea Peruana) Víctor Ariza Mendoza, 45, foi preso em um restaurante nos arredores de Lima. Sua captura havia sido planejada pelo Ministério Público e pela própria FAP, que o acusam de ter vendido dados sigilosos ao Chile.
Quinze dias depois, Mendoza já respondia a processo por revelação de segredo nacional, espionagem e lavagem de dinheiro. Em depoimento, confirmou que, desde 2004, prestava serviços a militares chilenos, dos quais recebia US$ 3.100 mensais.
Mendoza citou dois supostos militares chilenos como seus contatos -o Chile negou que os dois sejam militares ou mesmo chilenos, o que reforça suspeitas de uso de nomes falsos. O Ministério Público identificou US$ 178 mil em transferências feitas de Santiago em favor de Mendoza, e identificou computadores na capital chilena com os quais Mendoza trocava mensagens.
Entre as informações repassadas por Mendoza ao Chile, segundo a investigação, estão planos de recuperação da frota da FAP e o planejamento da Aeronáutica peruana até 2021.
O Peru investiga ainda a participação de outros militares peruanos no episódio. Um antecedente ocorreu em 1978, quando Peru e Chile viviam sob regimes militares: um militar peruano foi fuzilado acusado de espionar para o Chile.


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