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ANÁLISE
Descoberta põe em xeque política de aplicar sanções
CHRISTIAN OLIVE
DANIEL DOMBEY
DO "FINANCIAL TIMES"
A revelação surpreendente feita pela Coreia do Norte
de que ela tem mais de mil
centrífugas em uma instalação avançada de enriquecimento de urânio representa
uma proeza no teatro político, algo que deixa as potências e agências de inteligência do mundo na defensiva.
O relatório de um cientista
atômico que viu a instalação
coloca perguntas difíceis para Washington, Seul e Tóquio, todas as quais tinham
expressado confiança de que
sanções pudessem sufocar
as ambições norte-coreanas.
Agora essa política está
sob escrutínio, assim como a
abordagem mais confrontativa de George W. Bush.
Mas a notícia também impõe pressão sobre a China,
que figura em alegações recentes a respeito da rede que
colaborou com Pyongyang.
"Uma das questões que
mais causa perplexidade é
saber como a Coreia do Norte
chegou até aí", escreve Siegfried Hecker em seu relatório.
Hecker cita trabalhos do
Isis (Instituto de Ciência e Segurança Internacional), de
Washington, sobre a China, e
também seus próprios receios sobre conexões com o
Irã. O Isis diz que um grupo
sediado em Pyongyang chamado Empresa de Trading
Nam Chongang, que compra
e vende mísseis e grupos nucleares e que esteve envolvido na montagem de um reator secreto na Síria, já operou
na China, com um endereço
comercial em Pequim.
O relatório acrescenta que,
apesar de sanções da ONU terem sido impostas ao grupo
em 2009, há suspeita de que
ele ainda atue na China, possivelmente sob outro nome.
A usina ainda impõe perguntas incômodas aos serviços de inteligência.
Parece que as maiores
agências de espionagem do
mundo não se deram conta
da extensão do trabalho que
estava sendo realizado bem
ao lado de um reator nuclear
conhecido, também em
Yongbyon.
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