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Bomba fere 25 em Buenos Aires
DE BUENOS AIRES
A explosão de uma bomba deixada numa lata de lixo na praça de
Maio, na noite de sábado, deixou
um saldo de 25 feridos e se tornou
motivo de atrito entre organizações piqueteiras e o governo argentino.
Estavam no local cerca de 30 mil
pessoas que comemoravam o segundo ano da queda do presidente Fernando de la Rúa (1999-2001). Até o momento da explosão, as manifestações haviam sido
pacíficas.
Entre os feridos estão três crianças e uma mulher grávida. Ninguém corre risco de morte.
"O governo é quem provoca isso. Não sei se foram os autores
materiais, mas sim, os intelectuais
(da explosão)", disse Raúl Castells, líder do "Movimento Independente de Desocupados e Aposentados".
"Ele diz isso porque as circunstâncias o obrigam a dizê-lo, mas
ele sabe positivamente que não é
verdade", rebateu o ministro do
Interior, Aníbal Fernández.
Já Luis D'Elia, líder da organização "Federação Terra e Moradia",
considerada aliada ao governo,
responsabilizou os próprios piqueteiros. "Precisavam de um
morto para se fazer de vítimas",
afirmou.
O chefe da polícia federal,
Eduardo Prados, negou que a explosão tenha sido um atentado.
Organizações piqueteiras convocaram uma outra manifestação
para hoje para cobrar do governo
uma investigação sobre os responsáveis pela explosão.
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