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ZIMBÁBUE
EUA retiram apoio a governo de coalizão com Mugabe
DA REDAÇÃO
O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, voltou
atrás em um acordo assinado
em setembro que previa a divisão do poder com Morgan
Tsvangirai, e os EUA não
apoiarão mais um governo
de que ele faça parte, disse
ontem em Pretória (África
do Sul) a enviada dos EUA ao
continente.
Para Jendayi Frazer, Mugabe foi responsável por
transformar um país outrora
próspero em um "Estado falido", onde a comida é escassa e a moeda não tem valor.
Mugabe e o líder oposicionista Morgan Tsvangirai
concordaram, em 15 de setembro passado, em formar
um governo de unidade
-pacto, à época, apoiado pelos EUA.
Mas ele fracassou devido à
disputa pelo controle de importantes ministérios.
Desde então, o Zimbábue
mergulhou em uma crise
profunda. Com a hiperinflação, os preços passaram a dobrar a cada dia, uma epidemia de cólera matou mais de 1.100 pessoas, e a oposição
acusou a situação de sequestrar seus partidários.
"Sentimos que Robert Mugabe voltou atrás nesse acordo", disse Frazer, citando a
violência política, a disseminação do cólera, e os sinais de
de que o presidente quer se
apoderar de ministérios e
cargos importantes.
"O acordo de partilha de
poder [...] precisa ser implementado com alguém outro
como presidente, que não
Robert Mugabe", disse.
As nações ocidentais, os
países vizinhos, além dos investidores, tinham esperança de que um governo de unidade pudesse reverter políticas que julgavam responsáveis pelo atual colapso econômico do país.
Frazer foi enviada à região
pela secretária de Estado,
Condoleezza Rice, para explicar a política dos EUA para o continente. Ela pediu
que os países vizinhos aumentem a pressão sobre o
Zimbábue, evitando assim
que os EUA adotem uma linha diplomática mais dura.
Com agências internacionais
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