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SOB NOVA DIREÇÃO / GUERRA AO TERROR
EUA querem mais retorno por assistência a aliados
Hillary cobra resultados de Cabul, Islamabad e Bagdá
DO "FINANCIAL TIMES"
Os EUA devem vincular sua
assistência a Paquistão, Iraque
e Afeganistão a avanços na batalha contra o terrorismo e a
corrupção, em uma das primeiras grandes decisões de política
externa da nova secretária de
Estado, Hillary Clinton.
Em resposta escrita a perguntas da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Hillary apoiou a ideia de "condicionar a assistência militar dos
EUA ao Paquistão a esforços
paquistaneses de fechar campos de treinamento, expulsar
combatentes estrangeiros e impedir que Taleban e Al Qaeda
usem o país como santuário".
Os comentários de Hillary
foram ecoados pela Casa Branca, segundo a qual o novo governo "ampliará a assistência
não militar ao Paquistão e atribuirá ao país a responsabilidade por manter a segurança em
sua fronteira com o Afeganistão", acrescentando ao mesmo
tempo que os EUA também
"exigirão que o governo afegão
faça mais, entre outras coisas
reprimindo a corrupção e o comércio ilícito de ópio".
Husain Haqqani, embaixador paquistanês nos EUA, negou a importância do que definiu como "questões de procedimento", dizendo, sobre as condições definidas por Hillary,
que "não as entendi como uma
proposta séria de política, e elas
certamente não foram discutidas conosco". Ele acrescentou
que "minha leitura do testemunho da secretária Clinton está
no fato de que ela considera o
Paquistão como parceiro".
Hillary também anunciou
que o governo planeja triplicar
a assistência civil ao Paquistão,
para US$ 1,5 bilhão por ano,
mas que isso não representa
"um cheque em branco".
O novo governo também
adotou linha dura com o Iraque. Hillary declarou ao Congresso que Bagdá precisava fazer mais para superar as diferenças políticas internas por
meio da aprovação de leis nacionais sobre o petróleo e uma
libertação mais rápida de prisioneiros, sob a Lei de Anistia.
"Certamente faremos o melhor que pudermos para pressionar o governo iraquiano a
combater o sectarismo em suas
forças de segurança e condicionaremos o fornecimento de futuros recursos aos avanços
quanto a isso", disse Hillary.
A secretária também falou de
corrupção do governo no Afeganistão: "Vincularemos a assistência a um melhor desempenho do governo afegão, entre
outras coisas nas iniciativas de
combate à corrupção e nos esforços para estender o domínio
da lei a todo o território".
O governo afegão já respondeu de maneira zangada à afirmação de Hillary de que o país
"virou um narcoestado".
"Madame Clinton é uma boa
amiga do Afeganistão, e nossa
amiga próxima", disse o chanceler Rangin Spanta. "Mas, se
alguém acredita que o nosso
governo está envolvido na produção de drogas, isso absolutamente não procede."
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