São Paulo, domingo, 23 de janeiro de 2011

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Para professor, sectarismo é "marcante"

COLABORAÇÃO PARA A
FOLHA, NO CAIRO


Para Michael Reimer, da Universidade Americana no Cairo, existem períodos de aumento da tensão entre coptas e muçulmanos.

Folha - Como o sr. analisa a relação entre as duas comunidades? Michael Reimer - As duas religiões coexistiram pacificamente durante quase toda a história, mas existem períodos de aumento da tensão sectária. Os anos 70 foi um deles. Houve o crescimento do movimento islâmico, definindo o Egito como uma sociedade muçulmana.


Como fica a situação dos cristãos nesse cenário?
Significa que cristãos são julgados como egípcios menos autênticos. Alguns afirmam o oposto: que representam a população nativa, infiltrada pelos muçulmanos árabes [no século 7].
Além disso, os cristãos reclamam de discriminação em empregos, por exemplo.


E a reação muçulmana?
Tem aumentado a crença de que cristãos não são confiáveis, são ligados a estrangeiros que querem manipular o islã. Isso encoraja reações agressivas. [...] O sectarismo é marcante no país. Todos sabem quem é muçulmano ou cristão, até pelo nome.


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