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Ex-chefe da inteligência colombiana é preso por ligação com "Paragate"
Ingrid Betancourt, ex-presidenciável, completa cinco anos em poder das Farc
DA REDAÇÃO
Foi preso ontem, sob acusação de envolvimento com um
grupo de paramilitares, o ex-chefe da inteligência colombiana Jorge Noguera Costa.
Noguera é o homem mais
próximo do presidente Álvaro
Uribe a ser detido desde que teve início o escândalo provocado
por investigações da Justiça sobre a ligação de vários políticos
governistas com grupos paramilitares de extrema direita.
O "Paragate", como ficou conhecido fora da Colômbia, já
havia feito outras vítimas nos
círculos próximos a Uribe, entre elas a chanceler María Consuelo Araújo, que renunciou ao
cargo na semana passada porque seu irmão -que é senador- havia sido preso.
Noguera, que estava sendo
investigado por envolvimento
com o grupo paramilitar AUC
(Autodefesas Unidas da Colômbia), comandou o Departamento Administrativo de Segurança durante o primeiro mandato de Uribe, de 2002 a 2006.
Farc
A descoberta das ligações de
políticos governistas com os
paramilitares afetou um outro
fronte problemático para Uribe. Ontem o presidente informou que um emissário seu que
foi negociar com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias
da Colômbia) voltou com o recado de que os guerrilheiros
não conversariam com o governo, "ilegítimo, pois é um governo paramilitar".
Ao que Uribe respondeu que
vai endurecer com as Farc.
"Nossa decisão é intensificar [a
luta contra a guerrilha], para
derrotar esses bandidos."
As Farc, grupo insurgente
que nasceu há cerca de 40 anos,
quando visava derrubar o governo, e que se financia por
meio de seqüestros e tráfico de
drogas, têm em seu poder hoje
mais de 50 reféns. O atual governo colombiano tem tentado
negociar a troca de guerrilheiros presos por esses reféns.
Entre eles está Ingrid Betancourt, cujo seqüestro completa
hoje cinco anos. Betancourt,
que tem também cidadania
francesa, era candidata à Presidência da Colômbia quando de
seu seqüestro.
Segundo o ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel
Santos, Betancourt pode estar
no Brasil ou na Venezuela. Manuel atribui a versão de que a
seqüestrada teria sido levada
para fora da Colômbia a membros das Farc que abandonaram as armas.
Com agências internacionais
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