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EGITO
Atentado em área turística do Cairo mata ao menos 1 pessoa
DA REDAÇÃO
A explosão de um artefato
em região turística do Cairo,
capital do Egito, matou ontem ao menos uma pessoa e
feriu outras 20, segundo autoridades locais. A vítima era
uma francesa de 17 anos, e 14
feridos são estrangeiros. A
autoria não havia sido reivindicada até o final da edição.
O atentado ocorreu no tradicional mercado artesanal
de Khan el Khalili, localizado
na parte antiga da cidade e
um dos seus principais pontos turísticos. O artefato,
provavelmente uma granada, explodiu em frente a uma
cafeteria e próximo à mesquita de Al Hussein, gerando
pânico entre os fiéis no local.
Segundo testemunhas,
dois artefatos foram lançados de uma moto logo após o
anoitecer, quando o local estava cheio de turistas. O segundo objeto não explodiu
no momento e foi depois detonado em segurança pela
polícia. Pessoas ouvidas pela
agência oficial Mena disseram, porém, que os artefatos
partiram do teto de um hotel.
Segundo o Ministro da
Saúde, Hatem al Gibali, entre
os feridos havia dez franceses, um alemão e três sauditas. Gibali disse que um francês teve de ser operado, mas
que nenhum dos feridos corre risco de morte, e a maioria
deve ser liberada ainda hoje.
O mercado de Khan el
Khalili havia sido alvo de um
atentado em 2005. Na ocasião, um homem-bomba matou dois franceses e um americano. No mesmo ano, ataques em Sharm el Sheik, na
península do Sinai, mataram
mais de 60 pessoas. O último
atentado no país ocorrera
em 2006 em Dahab, também
no Sinai, com 21 mortos.
O ataque de ontem é um
golpe à indústria turística local, que no ano passado havia
se recuperado após anos em
baixa devido à disputa travada durante a década de 1990
entre o Cairo e grupos radicais islâmicos. O mais conhecido, a Irmandade Muçulmana, inspirou o surgimento do
grupo palestino Hamas.
O advogado egípcio Montasser el Zayat, que já defendeu extremistas islâmicos,
disse à emissora Al Jazeera
que o ataque pode estar ligado à insatisfação popular
com o governo devido ao
conflito na faixa de Gaza.
O ditador egípcio, Hosni
Mubarak, mediou a trégua
em vigor, mas foi criticado
no mundo árabe por não assumir posição crítica a Israel.
Com agências internacionais
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