São Paulo, segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

EGITO

Atentado em área turística do Cairo mata ao menos 1 pessoa

DA REDAÇÃO

A explosão de um artefato em região turística do Cairo, capital do Egito, matou ontem ao menos uma pessoa e feriu outras 20, segundo autoridades locais. A vítima era uma francesa de 17 anos, e 14 feridos são estrangeiros. A autoria não havia sido reivindicada até o final da edição.
O atentado ocorreu no tradicional mercado artesanal de Khan el Khalili, localizado na parte antiga da cidade e um dos seus principais pontos turísticos. O artefato, provavelmente uma granada, explodiu em frente a uma cafeteria e próximo à mesquita de Al Hussein, gerando pânico entre os fiéis no local.
Segundo testemunhas, dois artefatos foram lançados de uma moto logo após o anoitecer, quando o local estava cheio de turistas. O segundo objeto não explodiu no momento e foi depois detonado em segurança pela polícia. Pessoas ouvidas pela agência oficial Mena disseram, porém, que os artefatos partiram do teto de um hotel.
Segundo o Ministro da Saúde, Hatem al Gibali, entre os feridos havia dez franceses, um alemão e três sauditas. Gibali disse que um francês teve de ser operado, mas que nenhum dos feridos corre risco de morte, e a maioria deve ser liberada ainda hoje.
O mercado de Khan el Khalili havia sido alvo de um atentado em 2005. Na ocasião, um homem-bomba matou dois franceses e um americano. No mesmo ano, ataques em Sharm el Sheik, na península do Sinai, mataram mais de 60 pessoas. O último atentado no país ocorrera em 2006 em Dahab, também no Sinai, com 21 mortos.
O ataque de ontem é um golpe à indústria turística local, que no ano passado havia se recuperado após anos em baixa devido à disputa travada durante a década de 1990 entre o Cairo e grupos radicais islâmicos. O mais conhecido, a Irmandade Muçulmana, inspirou o surgimento do grupo palestino Hamas.
O advogado egípcio Montasser el Zayat, que já defendeu extremistas islâmicos, disse à emissora Al Jazeera que o ataque pode estar ligado à insatisfação popular com o governo devido ao conflito na faixa de Gaza.
O ditador egípcio, Hosni Mubarak, mediou a trégua em vigor, mas foi criticado no mundo árabe por não assumir posição crítica a Israel.


Com agências internacionais


Texto Anterior: Netanyahu e Livni terminam encontro sem acordo para coalizão
Próximo Texto: Paquistão: Taleban rapta funcionário durante trégua
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.