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Atentados afastaram ONU do Iraque
DA REDAÇÃO
Os poucos funcionários da
ONU que trabalham atualmente no Iraque começaram
a retornar ao país, gradativamente, a partir de 2004.
Mas nem sempre foi assim. Embora a invasão do
Iraque, em 2003, tenha ocorrido sem a anuência das Nações Unidas, a entidade chegou a manter uma missão no
país, com um quartel-general em Bagdá. O trabalho desenvolvido pela ONU então
era principalmente prestar
assistência humanitária aos
iraquianos e auxiliar o Conselho de Governo Iraquiano,
que trabalhava na elaboração de uma Constituição.
Mas, em 19 de agosto daquele ano, um atentado à sede da entidade em Bagdá fez
ruir a idéia de que a ONU estava imune à violência, dado
que seu trabalho era de ajuda
humanitária. Um caminhão-bomba explodiu diante do
edifício, matando 22 pessoas, entre elas o diplomata
brasileiro Sérgio Vieira de
Mello, que era o representante especial do secretário-geral Kofi Annan no país.
Mais tarde, em outubro do
mesmo ano, um outro atentado atingiu a sede da Cruz
Vermelha no país, matando
11 pessoas.
Em vista desses ataques e
de outros atentados, a ONU
resolveu tirar do Iraque todos os seus cerca de 600 funcionários estrangeiros. Em
dezembro, Annan determinou que as operações da entidade no Iraque passassem a
ser coordenadas do Chipre.
"Diante das circunstâncias, é difícil vislumbrar as
Nações Unidas operando
com um grande número de
estrangeiros no Iraque num
futuro próximo, a não ser
que haja uma inesperada e
significativa melhora da segurança", afirmou Kofi Annan no dia 10 de dezembro
de 2003.
Uma reaproximação da
ONU com o Iraque já estava
em curso logo após Ban assumir o posto de secretário-geral, em janeiro de 2007. Naquele mês, a ONU e o governo iraquiano elaboraram um
plano, a ser implantado em
cinco anos, que prevê reformas econômicas no país e
sua integração nas transações econômicas mundiais.
O plano se chama "Iraq
Compact" (acordo do Iraque), e na semana passada foi
motivo de uma reunião na
sede das Nações Unidas, com
cerca de cem delegados de
diversos países.
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