São Paulo, domingo, 23 de março de 2008

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Cafetina diz sentir por prostituta que saía com Spitzer

Andreia Schwartz, que chegou ao Brasil, é apontada como informante no caso que derrubou o governador de Nova York

Brasileira desembarcou em São Paulo prometendo "esclarecer" a verdade mas não confirmou ajuda nas investigações americanas

KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL

A cafetina e prostituta brasileira Andreia Schwartz, 33, chegou na manhã de ontem ao aeroporto de Cumbica, em São Paulo, deportada. Schwartz é apontada como testemunha da investigação do escândalo de prostituição que provocou a renúncia do governador do Estado de Nova York Eliot Spitzer, na semana retrasada.
"Vou esclarecer toda a verdade", disse Andreia no saguão do aeroporto. "Lá fora todo mundo é corrupto", completou. Assediada pela imprensa, a cafetina disse: "Eu amo todos vocês", sem dar entrevista. Segundo a Polícia Federal, ela preencheu um formulário sobre sua deportação e foi liberada.
De acordo com o tablóide nova-iorquino "Daily News", que a acompanhou no vôo até São Paulo -vôo esse em que também estava Pelé-, Andreia disse sentir pena de Ashley Alexandra Dupre, a prostituta de 22 anos que tinha encontros com Spitzer. Autoridades americanas descobriram as relações entre o político e a prostituta e ainda que Dupre era ligada a uma rede de prostituição para a qual Spitzer repassou cerca de US$ 80 mil de origem não esclarecida. O escândalo levou o governador a renunciar.
Presa há um ano e meio nos EUA por porte de drogas e outros crimes, Andreia Schwartz foi apontada pelo tablóide "New York Post" como informante na investigação que provocou a queda de Eliot Spitzer. Andreia disse, segundo o "Daily News", que, embora tenha trabalhado na mesma agência que Dupre, só a conhecia de vista.
Segundo disse à Folha Jeffrey Lichtman, advogado de Andreia, ela nunca testemunhou no caso que culminou na queda de Spitzer. Ela chegou à noite ao Espírito Santo, onde mora sua família.


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