São Paulo, quarta-feira, 23 de março de 2011

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Reator problemático teve vida útil prorrogada em fevereiro

SABINE RIGHETTI
DE SÃO PAULO

Um mês antes do terremoto que atingiu o Japão no último dia 11 e afetou a usina nuclear de Fukushima, o governo japonês havia aprovado uma prorrogação de dez anos na vida do reator mais velho do complexo - que data da década de 1970.
Isso pode ter influenciado a falha do sistema alternativo de energia, que deveria ter sido ligado após o tsunami que atingiu a região.
Esse sistema, de acordo com o comitê japonês que avalia a prorrogação da vida útil dos reatores, apresentava pequenas fissuras.
Cada reator tem uma licença de 30 a 40 anos para operar, dependendo do país.
"Depois disso, há revisões periódicas de segurança e o licenciado pode pedir extensão da sua vida útil", diz Laercio Vinhas, diretor de radioproteção e segurança nuclear da Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear).
Essa "vida útil" depende das condições dos componentes do reator, que ficam expostos à radiação.
Nos EUA, país com maior número de reatores (são 104), a vida útil é de 40 anos.
"Muitos pediram mais 20 anos de prorrogação", diz.
De acordo com Vinhas, muito países seguem o padrão dos EUA e prorrogam o "enterro" dos reatores.

Com o "New York Times"


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