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Idéia de povoar a Antártida surgiu nos anos 50
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A idéia de povoar a Antártida
surgiu nos anos 50, quando o comandante máximo do Exército
argentino general Hérnan Pujato
elaborou o primeiro "plano estratégico antártico nacional", que
pretendia conquistar soberania
sobre o território povoando a Península Antártica.
A concretização do plano inicial
aconteceu apenas em 1978, época
em que o comandante antártico
do Exército, o coronel Vaca, liderou as famílias que realizaram a
primeira invernada.
O governo militar da época, do
general Videla (1976-79), reforçou
as intenções sobre território, contrariando o acordo firmado no
Tratado Antártico Internacional
de 1961, em
que 12 países
(então com bases ativas na
Antártida), incluindo Argentina, assinaram
um documento proibindo a
exploração dos
recursos naturais para todas
as nações, determinando a
desmilitarização da região e
estimulando a
atividade científica.
Nos anos sob governo militar, a
política de presença permanente
na Antártida estimulou inclusive
o nascimento de cidadãos argentinos em suas
bases.
Hoje com 26
anos, José Manuel Valladares é o sexto
dos oito argentinos nascidos
na Antártida
nessa época.
Ele tem fotos
de quando era
bebê na Antártida, mas nunca mais voltou.
Dos outros sete
argentinos, só
um, a estudante Marisa de las Nieves Delgado, teve a chance de voltar a seu local de nascimento.
Em uma viagem oferecida por
oficiais da Marinha Argentina em
2000, Marisa passou 27 dias na
base Esperanza. O primeiro bebê
antártico, o jovem Emilio Palma,
nasceu em 1978, meses antes de
Marisa. Atualmente morando na
Espanha, ele não tem planos de
voltar à Antártida.
Embora com menos vigor, até
hoje o governo da Argentina reivindica seus direitos sobre a península, usando os argumentos
da presença da população de suas
bases, a proximidade geográfica e
a continuidade natural do relevo
da cordilheira dos Andes. A região da Terra do Fogo, no extremo sul, fica na Província de Tierra
del Fuego, Antártida y lslas del
Atlántico Sur, e a Península Antártica consta como território nacional argentino nos mapas usados nas escolas do país.
(CV)
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