DO "NEW YORK TIMES"

Parlamentares democratas desistiram ontem de incluir num projeto de lei autorizando gastos militares do governo no Iraque uma data para a retirada das tropas americanas do país.
A decisão, anunciada por líderes do Partido Democrata, foi uma derrota para os oposicionistas. Seu esforço, nos últimos meses, para aprovar uma proposta orçamentária que incluísse um cronograma de retirada dos soldados do Iraque foi frustrada pelo -desde sempre anunciado- veto do presidente George W. Bush.
"Nós não temos um Congresso à prova de veto", declarou ontem o senador democrata Harry Reid, líder da maioria, em referência ao fato de seu partido não ter as cadeiras necessárias para derrubar o veto presidencial -são necessários dois terços da Casa para tanto.
Segundo Steny Hoyer, também democrata e líder da maioria na Câmara dos Representantes, a nova proposta orçamentária ainda está sendo elaborada, mas a concessão ao governo é certa: "O presidente deixou bem claro que não sancionará cronogramas [para as tropas saírem do Iraque]."
Nessa nova proposta, que substituirá a vetada e que já foi aprovada pela liderança democrata, Bush terá o dinheiro que quer para financiar as campanhas militares no Iraque e no Afeganistão, mas está previsto também que o governo iraquiano perderá auxílio se não cumprir determinadas metas.
A parte que diz respeito às concessões dos republicanos nas negociações sobre a nova lei é o compromisso com a aprovação de cerca US$ 20 bilhões em gastos domésticos priorizados pelos democratas, além de um aumento no salário mínimo.


Texto Anterior: Turquia: Atentado a bomba mata ao menos 6 e fere 80 em Ancara
Próximo Texto: Chávez criará polícia ligada a militantes
Índice