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General vê chance de reduzir tropas no Iraque em setembro
DA REDAÇÃO
O comandante militar dos
EUA no Iraque, general David
Petraeus, disse ontem a um comitê do Senado que espera recomendar novas reduções do
contingente militar americano
no país árabe em setembro,
após um hiato de 45 dias a se
iniciar em julho durante o qual
a retirada será suspensa a pedido do próprio general.
Petraeus falou na Comissão
de Serviços Armadas do Senado, que deve aprovar sua indicação para assumir a chefia das
operações americanas na região conhecida como Comando
Central, que inclui Iraque, Afeganistão e Chifre da África.
"Minha impressão é que poderemos recomendar novos
cortes [em setembro]. Acredito
que haverá algumas tropas que
nós possamos recomendar que
sejam retiradas", afirmou.
Os EUA possuem atualmente 155 mil militares no Iraque,
25 mil a mais do que tinham antes do "surge", a estratégia de
aumento de tropas tomada em
2007 que, combinada a outros
fatores, ajudou a reduzir a violência no país. Até julho, esse
número cairá para 140 mil.
A avaliação de Petraeus, porém, esbarra em outros trechos
de seu próprio discurso. O general disse que a meta dos EUA
de passar o comando das operações de segurança aos iraquianos teve de ser adiada para
2009 após o recente surto de
violência em Basra. Afirmou
ainda que as eleições regionais
no país devem ser mudadas de
outubro para novembro.
O futuro substituto de Petraeus no comando das tropas
americanas no Iraque, Ray
Odierno, não descartou a necessidade de mais soldados para garantir a segurança durante
as eleições. "Eu nunca direi
nunca. Mas creio que não devamos precisar de um aumento."
O presidente George W.
Bush, por sua vez, disse em discurso a pára-quedistas americanos recém-retornados do
Iraque que uma retirada antes
da vitória seria "catastrófica".
"Isso tornaria mais provável
que sofrêssemos outro ataque
como o 11 de Setembro."
O início imediato da retirada
das tropas é uma das principais
bandeiras dos dois pré-candidatos democratas a sucedê-lo.
Com votos contrários de Hillary Clinton e Barack Obama, o
Senado aprovou ontem mais
US$ 165 bilhões para as guerras
no Iraque e no Afeganistão em
2009. Mas incluiu cláusula à
qual Bush se opunha: parte dos
fundos deve ir para veteranos.
No Iraque, um ataque de helicóptero americano resultou
ontem na morte de oito iraquianos, incluindo duas crianças. Eles foram descritos como
civis pela polícia iraquiana, mas
os EUA dizem que os adultos
eram suspeitos de terrorismo.
Com agências internacionais
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