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EUA minimizam poderio da Coréia do Norte
Vice-presidente chama de "rudimentar" tecnologia dos asiáticos; para Washington, diplomacia "é o caminho"
DA REDAÇÃO
O governo dos Estados Unidos minimizou ontem o poderio de um míssil desenvolvido
pela Coréia do Norte com capacidade de alcançar o território
norte-americano, mas declarou esperar que Pyongyang desista da intenção de realizar
testes da arma.
O vice-presidente Dick Cheney classificou a tecnologia
norte-coreana de "rudimentar". No entanto disse em entrevista à rede de TV CNN que
os EUA estavam monitorando
de perto o processo de um
eventual lançamento.
Stephen Hadley, conselheiro
para Segurança Nacional norte-americano, seguiu a mesma
linha de Cheney, afirmando
que os norte-coreanos estavam
"muito longe" do estágio ideal
para o lançamento de um míssil
de longo alcance. De acordo
com especialistas, o míssil Taepodong-2 tem alcance de até 15
mil quilômetros, o que tornaria
possível atingir os EUA.
Anteontem Pyongyang sugeriu que o anúncio de eventuais
testes era uma forma de reabrir
o diálogo com Washington, que
hoje aparenta ter mais preocupações com a capacidade do Irã
de produzir uma bomba a partir de seu programa nuclear.
Hadley disse que a diplomacia é o "caminho" e que não poderia interpretar as motivações
dos norte-coreanos. "É uma sociedade de difícil leitura."
O conselheiro declarou que o
sistema antimísseis norte-americano, hoje em desenvolvimento, não tem capacidade
de deter armamentos como o
míssil de longo alcance da Coréia do Norte.
Adam Ereli, porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, disse que Washington não permitiria negociações
diretas com Pyongyang.
"Se a Coréia do Norte quer
debater com os EUA o seu programa de lançamento de mísseis ou seu programa nuclear,
deve fazê-lo no âmbito do grupo dos seis países", disse Ereli,
referindo-se à Rússia, à China,
ao Japão e à Coréia do Sul, que
também integram as conversações para dissuadir a Coréia da
Norte de lançar um míssil.
Han Song Ryol, chefe da delegação norte-coreana nas Nações Unidas, declarou anteontem que seu país tem o direito
de testar o míssil, mas citou a
possibilidade de diálogo: "Sabemos das preocupações americanas sobre o teste de um lançamento de nosso míssil. Queremos resolver a questão por
meio de negociações".
Com agências internacionais
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