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CHILE
Aliados agora se distanciam de Pinochet
DA FRANCE PRESSE
A revelação da existência nos
EUA de contas milionárias no nome de Augusto Pinochet está provocando o distanciamento de antigos aliados políticos do ex-ditador chileno (1973-1990).
Os dirigentes da União Democrata Independente (UDI) e da
Renovação Nacional (RN), que
deram sustentação ao regime de
direita de Pinochet, 88, procuram
ficar em silêncio e não mais fazem
a defesa pública do general.
Ao ser questionado sobre a probidade de Pinochet, o presidente
do Senado, Hernán Larraín
(UDI), disse: "Eu não poria as
mãos no fogo". O senador ainda
exigiu que o ex-ditador dê "explicações públicas" sobre a origem
dos fundos que teria mantido nos
EUA. De acordo com uma investigação do Senado americano, Pinochet manteve, de 1998 a 2002,
entre US$ 4 milhões e US$ 8 milhões em contas bancárias no
Riggs Bank de Washington.
O comandante-em-chefe do
Exército chileno, general Juan
Emilio Cheyre, também cobrou
um posicionamento de Pinochet.
"Meu desejo é que se esclareça [a
origem das contas]."
O juiz Juan Guzmán Tapia,
atendendo a um pedido de advogados de vítimas do regime, ordenou ontem à polícia a apuração
dos bens do ex-ditador.
Pablo Rodríguez, advogado do
ex-ditador, disse que "todas essas
petições têm como objetivo apenas castigar, molestar e hostilizar
o general Pinochet".
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