São Paulo, sexta-feira, 23 de julho de 2004

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CHILE

Aliados agora se distanciam de Pinochet

DA FRANCE PRESSE

A revelação da existência nos EUA de contas milionárias no nome de Augusto Pinochet está provocando o distanciamento de antigos aliados políticos do ex-ditador chileno (1973-1990).
Os dirigentes da União Democrata Independente (UDI) e da Renovação Nacional (RN), que deram sustentação ao regime de direita de Pinochet, 88, procuram ficar em silêncio e não mais fazem a defesa pública do general.
Ao ser questionado sobre a probidade de Pinochet, o presidente do Senado, Hernán Larraín (UDI), disse: "Eu não poria as mãos no fogo". O senador ainda exigiu que o ex-ditador dê "explicações públicas" sobre a origem dos fundos que teria mantido nos EUA. De acordo com uma investigação do Senado americano, Pinochet manteve, de 1998 a 2002, entre US$ 4 milhões e US$ 8 milhões em contas bancárias no Riggs Bank de Washington.
O comandante-em-chefe do Exército chileno, general Juan Emilio Cheyre, também cobrou um posicionamento de Pinochet. "Meu desejo é que se esclareça [a origem das contas]."
O juiz Juan Guzmán Tapia, atendendo a um pedido de advogados de vítimas do regime, ordenou ontem à polícia a apuração dos bens do ex-ditador.
Pablo Rodríguez, advogado do ex-ditador, disse que "todas essas petições têm como objetivo apenas castigar, molestar e hostilizar o general Pinochet".


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