São Paulo, quarta-feira, 23 de julho de 2008

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Obama elogia melhora do Iraque, mas defende seu plano de retirada

Democrata passou pela Jordânia e já chegou a Israel, onde encontrará Olmert

DANIEL BERGAMASCO
DE NOVA YORK

Após visitar o Iraque, o candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, declarou ontem que "não há dúvida de que a segurança melhorou" no país, que foi invadido pelos EUA em 2003 sob pretexto de que escondia armas proibidas.
Em Amã, na Jordânia, Obama -que é criticado pelo rival republicano, John McCain, por ter votado no Senado contra o reforço militar no Iraque- disse, contudo, que mantém seu plano de retirar das tropas do país em 16 meses se eleito. Afirmou também que cumprirá o prazo mesmo que o principal comandante militar dos EUA para a região, general David Petraeus, lhe tenha dito que é contra cronogramas -mesma posição do governo Bush.
Na Jordânia, Obama focou seu discurso no auxílio para as negociações de paz entre israelenses e palestinos. Discutiu o tema em encontro com o rei jordaniano Abdullah 2º, que enviou em seguida comunicado em que classifica as opiniões de Obama de "conciliadoras".
O elogio é exatamente o tipo de manchete que busca na viagem a campanha do democrata, tido pelos eleitores, segundo pesquisas, como menos versado em questões internacionais.
Ainda ontem, Obama chegou a Israel, onde encontrará o presidente Shimon Peres e o premiê Ehud Olmert. Também terá encontros com o presidente e o premiê da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas e Salam Fayyed.
Em entrevista coletiva, Obama disse que colaborar com as negociações de paz será prioridade "no minuto em que tomar posse". Ponderou: "Não é realista esperar que um presidente dos EUA possa sozinho, de repente, estalar os dedos e trazer paz para a região".
Em junho, Obama havia causado furor na esquerda e no centro ao declarar que Jerusalém deve "permanecer indivisível" como capital de Israel para "preservar a identidade judaica" do país, algo que só a direita israelense defende.
Após o Oriente Médio, Obama vai à Europa. Na Alemanha, fará um discurso em um parque de Berlim sobre parcerias entre EUA e Europa. Visitará ainda França e Inglaterra.


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