São Paulo, quarta-feira, 23 de julho de 2008

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IRAQUE

Bagdá aprova lei eleitoral apesar de boicote curdo

DA REDAÇÃO

Após longo impasse, o Parlamento iraquiano aprovou ontem uma lei para reger as eleições provinciais no país. O texto prevê as diretrizes do pleito e determina que a votação deve acontecer até 31 de dezembro próximo.
No entanto, legisladores curdos boicotaram a votação, o que pode impedir a ratificação da lei pelo presidente Jalal Talabani, ele próprio curdo. Por causa do embate, especula-se que o pleito não aconteça no prazo previsto.
"Não adianta ter uma votação boicotada por toda uma facção. Esse voto foi inútil e será rejeitado pelo presidente", afirmou um porta-voz da maioria parlamentar xiita.
Apoiado por Washington, o sufrágio é considerado vital para a reconciliação dos três principais grupos étnico-confessionais do país -iraquianos de etnia curda, árabes xiitas (majoritários) e árabes sunitas, cujos representantes boicotaram as eleições provinciais de 2005.
A aprovação do projeto vinha sendo adiada devido à disputa sobre como será a votação na cidade multiétnica de Kirkuk. Os curdos alegam que a cidade deveria pertencer à semi-autônoma região do Curdistão, enquanto os árabes defendem que ela permaneça sob a autoridade do governo central.
Também ontem, o premiê britânico, Gordon Brown, anunciou que no início de 2009 fará novos cortes no contingente de soldados britânicos no Iraque, hoje com 4.100 militares -eram 8.500 na invasão, em 2003. Os últimos planos de retirada foram adiados devido ao aumento da violência no sul.


Com agências internacionais


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