São Paulo, quinta-feira, 23 de julho de 2009

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Protestos contra governo Zuma se espalham pela África do Sul

Manifestantes exigem mais emprego e verba para educação e saneamento

DA REDAÇÃO

Milhares de manifestantes encheram ontem ruas de várias cidades da África do Sul contra o que veem como ineficácia do governo em combater o desemprego e a falta de serviços essenciais. Mais de cem pessoas foram presas durante os atos, que chegam como um dos maiores desafios ao presidente Jacob Zuma desde que ele assumiu o cargo, em maio último.
Em Siyathemba, nos arredores de Balfour, o protesto, violento, lembrou as manifestações contra imigrantes que no ano passado deixaram 62 mortos no país. Moradores locais queimaram pneus e jogaram pedras contra a polícia, que usou bombas de gás lacrimogêneo e projéteis de borracha em tentativa de dispersar a multidão enraivecida.
Manifestantes discutiram com o prefeito de Balfour, Lefty Tsotetsi, que prometeu mais dinheiro para educação, combater o desemprego e construir banheiros. Uma casa que Tsotetsi está construindo foi queimada, disse a polícia.
"Este governo está podre até a raiz", afirmou o desempregado Bongani Mazibuko, presente no ato, à agência Reuters.
Thokoza e Meyerton, na região de Johannesburgo, também foram palco de protestos contra o governo ontem. As classes mais pobres da África do Sul afirmam não ter visto até hoje os benefícios do fim do apartheid, e a situação piorou com a chegada da primeira recessão em 17 anos, resultado da crise mundial. Dados oficiais indicam que 8 milhões dos 49 milhões de habitantes do país vivem em habitação irregular.

Com Reuters



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