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Protestos contra governo Zuma se espalham pela África do Sul
Manifestantes exigem mais emprego e verba para educação e saneamento
DA REDAÇÃO
Milhares de manifestantes
encheram ontem ruas de várias
cidades da África do Sul contra
o que veem como ineficácia do
governo em combater o desemprego e a falta de serviços essenciais. Mais de cem pessoas
foram presas durante os atos,
que chegam como um dos
maiores desafios ao presidente
Jacob Zuma desde que ele assumiu o cargo, em maio último.
Em Siyathemba, nos arredores de Balfour, o protesto, violento, lembrou as manifestações contra imigrantes que no
ano passado deixaram 62 mortos no país. Moradores locais
queimaram pneus e jogaram
pedras contra a polícia, que
usou bombas de gás lacrimogêneo e projéteis de borracha em
tentativa de dispersar a multidão enraivecida.
Manifestantes discutiram
com o prefeito de Balfour, Lefty
Tsotetsi, que prometeu mais
dinheiro para educação, combater o desemprego e construir
banheiros. Uma casa que Tsotetsi está construindo foi queimada, disse a polícia.
"Este governo está podre até
a raiz", afirmou o desempregado Bongani Mazibuko, presente no ato, à agência Reuters.
Thokoza e Meyerton, na região de Johannesburgo, também foram palco de protestos
contra o governo ontem. As
classes mais pobres da África
do Sul afirmam não ter visto até
hoje os benefícios do fim do
apartheid, e a situação piorou
com a chegada da primeira recessão em 17 anos, resultado da
crise mundial. Dados oficiais
indicam que 8 milhões dos 49
milhões de habitantes do país
vivem em habitação irregular.
Com Reuters
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