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ORIENTE MÉDIO
Temendo ataque iraquiano, país instala mísseis no deserto do Neguev
Israel protege instalações nucleares
DA REDAÇÃO
Israel instalou ontem mísseis
antimíssil Patriot no deserto do
Neguev (sul), com o intuito de
proteger as suas instalações de
pesquisa e desenvolvimento nuclear de Dimona contra eventual
ataque do Iraque. A informação
foi divulgada pelo diário israelense "Yediot Ahronot".
Autoridades militares confirmaram a movimentação, mas
disseram se tratar de exercício rotineiro. No início do mês, o país já
havia colocado uma bateria de
mísseis defensivos Arrow numa
área central de seu território.
As medidas fazem parte dos
preparativos de Israel para uma
possível guerra liderada pelos
EUA para depor o regime de Saddam Hussein. Seu governo teme
que, assim como na Guerra do
Golfo (1991), Bagdá dispare mísseis para provocar a entrada israelense no conflito. Naquela guerra,
39 mísseis Scud iraquianos atingiram Israel, que, a pedido de Washington, não revidou.
Um dos Scuds caiu perto de Dimona -o regime iraquiano admitiu ter tentado destruir um reator nuclear israelense.
Atualmente, as autoridades do
governo de Ariel Sharon prometem retaliar com força qualquer
ação semelhante de Saddam.
Encontro palestino
O ministro do Interior palestino, Abdel Razzak al Yahya, fracassou ontem na tentativa de convencer grupos armados palestinos a adotar um cessar-fogo e
aceitar um acordo firmado no início da semana entre palestinos e
israelenses. Ele se encontrou com
representantes de 13 facções
atuantes na Intifada (levante contra a ocupação), entre elas os extremistas Hamas e Jihad Islâmico.
"Yahya pediu a suspensão de alguns dos ataques para permitir
um entendimento", disse um dos
participantes da reunião. "A continuação por parte de Israel das
incursões militares e assassinatos
de palestinos em Gaza e na Cisjordânia enfraqueceu o encontro. O
ministro não conseguiu nos convencer sobre o plano, principalmente em razão das práticas israelenses", afirmou.
De acordo com o plano, apelidado de "Gaza Primeiro", Israel
transfere à Autoridade Nacional
Palestina a responsabilidade pela
segurança na faixa de Gaza e em
Belém -cidade já desocupada,
mas ainda cercada. Se a situação
for mantida sob controle nessas
áreas, o país estenderia a retirada
a outras cidades da Cisjordânia.
Com agências internacionais
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