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ANP condiciona combate a terroristas
DA REDAÇÃO
A Autoridade Nacional Palestina (ANP) afirmou ontem que somente agirá contra os grupos terroristas se Israel suspender suas
operações militares nos territórios palestinos e pediu uma intervenção dos EUA para recuperar o
plano de paz para a região.
A ANP disse estar preparada
para desarmar os grupos terroristas, impedir ataques contra israelenses, fechar instituições ligadas
ao Hamas e ao Jihad Islâmico e
monitorar as movimentações financeiras dos grupos, entres outras ações.
A decisão foi tomada ontem em
uma reunião do gabinete palestino, em Ramallah, na Cisjordânia,
com a presença do presidente da
ANP, Iasser Arafat, acusado por
Israel e pelos EUA de fomentar ou
apoiar o terrorismo, o que ele nega. Arafat está confinado há meses em seu QG em Ramallah.
"A liderança palestina reitera
que está preparada para impor a
lei e a ordem e para punir todos os
criminosos, mas isso não pode ser
feito enquanto Israel seguir com
sua guerra contra a ANP e suas
instituições civis e de segurança",
disse o ministro palestino da Informação, Iasser Abed Rabbo.
"Portanto, a implementação das
obrigações internas de segurança
da ANP depende de Israel suspender seus ataques", disse.
O premiê palestino, Abu Mazen, vem sendo pressionado por
Israel e pelos EUA a combater os
grupos terroristas, mas, politicamente fraco, alega não poder usar
a força contra eles, sob pena de
provocar uma guerra civil entre
os palestinos. Mazen foi nomeado
premiê em abril, após pressão dos
EUA e de Israel para que Arafat
dividisse o poder dentro da ANP.
EUA
O ministro da Informação pediu ainda aos EUA que "pressionem Israel a interromper seus
ataques" para que a ANP consiga
um novo cessar-fogo.
"Os EUA precisam ter um papel
ativo e mandar imediatamente
monitores com poderes para intervir e prevenir o colapso da trégua e conseguir a retomada do
plano de paz", disse Rabbo. "Consideramos o governo dos EUA
responsável pelos acontecimentos das próximas horas", afirmou.
Com agências internacionais
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