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Após prisões, Israel indicia o líder do Parlamento palestino
DA REDAÇÃO
O presidente do Parlamento
palestino, Abdel Aziz Duaik,
membro do Hamas, foi levado
ontem a uma corte militar israelense e indiciado por "participação em organização ilegal".
Ele é o mais graduado membro
do Hamas dos mais de 30 presos por Israel a ser indiciado.
Duaik disse não aceitar a autoridade da corte. "É um julgamento político, e eu não o reconheço", disse. "Sou uma autoridade eleita."
A audiência ocorreu na prisão de Ofer, nos arredores de
Ramallah, na Cisjordânia.
A advogada israelense Leah
Tsemel, que freqüentemente
defende palestinos, disse que a
pena máxima é de dez anos de
prisão. Há uma nova audiência
marcada para o dia 31.
Desde o seqüestro do cabo israelense Gilat Shalit por milícias islâmicas no último dia 25
de junho, Israel voltou a atacar
os territórios ocupados e passou a prender integrantes do
gabinete e parlamentares palestinos que sejam membros do
Hamas, grupo terrorista que
conquistou o controle do Parlamento nas eleições do início do
ano. O governo palestino acusa
Israel de tentar solapar as tentativas de negociar uma coalizão com o Fatah, partido do
presidente Mahmoud Abbas.
Israel também impôs um
boicote financeiro sobre a Autoridade Nacional Palestina.
Com isso, desde que o Hamas
assumiu o poder, em março, os
cerca de 165 mil servidores públicos palestinos estão sem receber salário. Ontem, professores e outros funcionários do governo anunciaram uma greve a
partir do próximo dia 2, quando
começa o ano escolar. A expectativa é de que 80 mil parem.
Também ontem, soldados israelenses mataram três membros do Jihad Islâmico e feriram outros palestinos em combates na faixa de Gaza. Os militantes, segundo o Exército, se
aproximaram da fronteira de
Israel "de modo suspeito".
Com agências internacionais
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