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Foco
Bebês chinesas separadas ao nascer e adotadas por pais distintos se encontram
"Chicago Tribune" - 18.ago.2006/Associated Press
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As gêmeas Mia Funk (esq.) e Mia Ramirez de mãos dadas após se conhecerem em Chicago |
DA REDAÇÃO
Duas irmãs gêmeas chinesas de três anos separadas
após o nascimento e adotadas
por dois casais diferentes
-que desconheciam seu parentesco- se encontraram
pela primeira vez na última
sexta-feira, em Chicago.
De acordo com a história
contada ontem pelo jornal
britânico "The Times", o casal Holly e Douglas Funk esperava adotar gêmeos e para
isso comprou tudo em dobro:
carrinhos, berços e até dois
carneirinho que cantava canções de ninar.
Mas eles se apaixonaram
por um bebê que conheceram
em um orfanato na China e
levaram-na para casa, num
subúrbio de Chicago, com o
nome de Mia. Ela tinha sido
encontrada na calçada de
uma fábrica de têxteis em
Yangzhou, na Província de
Jiangsu, em junho de 2003,
poucas horas após nascer. Em
seguida, os Funk doaram todos os itens comprados em
dobro, menos o carneirinho
cantor.
O casal costumava colocar
notícias sobre o progresso do
bebê em um site na internet
sobre a experiência de pais
que adotaram crianças no exterior.
Entre eles estavam Carlos e
Diana Ramirez, de Pembroke
Pines (Flórida), que também
tinham adotado uma menina
em um orfanato de Yangzhou. Como a filha dos Funk,
ela fora encontrada na calçada da mesma fábrica, mas
uma semana depois. E também como a filha dos Funk,
foi chamada de Mia.
Depois de trocar mensagens e fotografias, os dois casais começaram a suspeitar
das coincidências. Eles decidiram fazer um teste de DNA
nas duas crianças, que apontou que elas, muito provavelmente, eram gêmeas.
"Coisa de Deus"
"Estou impressionada, é
um milagre. Nesse mar de
gente, essas crianças se encontraram", disse Holly ao
"Times".
"É uma coisa divina. Foi
Deus quem aproximou essas
menininhas", afirmou Diana.
Três anos após terem sido
separadas, as irmãs se encontraram no aeroporto de Chicago vestidas com a mesma
roupa em estilo chinês e laços
brancos no cabelo. Foi quando Mia Funk deu à irmã o outro carneirinho cantor.
Após a timidez inicial, as
meninas passaram mais de
meia hora sem se desgrudar.
"Depois de superar aquele
susto de "ok, ela se parece comigo, está vestindo as minhas
roupas e calçando meus sapatos", elas se deram as mãos",
contou Diana.
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