São Paulo, quarta-feira, 23 de agosto de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Foco

Bebês chinesas separadas ao nascer e adotadas por pais distintos se encontram

"Chicago Tribune" - 18.ago.2006/Associated Press
As gêmeas Mia Funk (esq.) e Mia Ramirez de mãos dadas após se conhecerem em Chicago


DA REDAÇÃO

Duas irmãs gêmeas chinesas de três anos separadas após o nascimento e adotadas por dois casais diferentes -que desconheciam seu parentesco- se encontraram pela primeira vez na última sexta-feira, em Chicago.
De acordo com a história contada ontem pelo jornal britânico "The Times", o casal Holly e Douglas Funk esperava adotar gêmeos e para isso comprou tudo em dobro: carrinhos, berços e até dois carneirinho que cantava canções de ninar.
Mas eles se apaixonaram por um bebê que conheceram em um orfanato na China e levaram-na para casa, num subúrbio de Chicago, com o nome de Mia. Ela tinha sido encontrada na calçada de uma fábrica de têxteis em Yangzhou, na Província de Jiangsu, em junho de 2003, poucas horas após nascer. Em seguida, os Funk doaram todos os itens comprados em dobro, menos o carneirinho cantor.
O casal costumava colocar notícias sobre o progresso do bebê em um site na internet sobre a experiência de pais que adotaram crianças no exterior.
Entre eles estavam Carlos e Diana Ramirez, de Pembroke Pines (Flórida), que também tinham adotado uma menina em um orfanato de Yangzhou. Como a filha dos Funk, ela fora encontrada na calçada da mesma fábrica, mas uma semana depois. E também como a filha dos Funk, foi chamada de Mia.
Depois de trocar mensagens e fotografias, os dois casais começaram a suspeitar das coincidências. Eles decidiram fazer um teste de DNA nas duas crianças, que apontou que elas, muito provavelmente, eram gêmeas.

"Coisa de Deus"
"Estou impressionada, é um milagre. Nesse mar de gente, essas crianças se encontraram", disse Holly ao "Times".
"É uma coisa divina. Foi Deus quem aproximou essas menininhas", afirmou Diana.
Três anos após terem sido separadas, as irmãs se encontraram no aeroporto de Chicago vestidas com a mesma roupa em estilo chinês e laços brancos no cabelo. Foi quando Mia Funk deu à irmã o outro carneirinho cantor.
Após a timidez inicial, as meninas passaram mais de meia hora sem se desgrudar. "Depois de superar aquele susto de "ok, ela se parece comigo, está vestindo as minhas roupas e calçando meus sapatos", elas se deram as mãos", contou Diana.


Texto Anterior: Queda de avião russo mata 170
Próximo Texto: Guerra sem limites: EUA querem mais acesso a dados de passageiros
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.