São Paulo, terça-feira, 23 de agosto de 2011

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Líder rebelde despontou na seleção líbia de futebol

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Possível líder da Líbia pós-Gaddafi, o presidente do CNT (Conselho Nacional de Transição), Mustafa Abdel Jalil, 59, já era uma figura conhecida na Líbia antes da revolução. Foi ministro da Justiça e o primeiro membro do alto escalão a desertar.
Nascido em Al Bayda (norte de Benghazi), Jalil dedicou a juventude ao futebol e fez parte da seleção nacional líbia, quando ficou conhecido no país pela primeira vez.
Tornou-se membro do Ministério Público em 1975, após se formar em sharia -lei islâmica- e direito, na Universidade da Líbia. Foi nomeado juiz em 1978 e se destacou ao dar sentenças abertamente contra os interesses de Gaddafi. Apesar de sua posição contra o regime ditatorial, em 2006 foi convidado pelo filho do ditador, Saif al Islam, para ser ministro da Justiça. No cargo, não deixou de criticar decisões do ditador.
Em 2010, atacou, em TV pública, o regime por não acatar decisões dos tribunais e manter 200 políticos em cativeiro. Tentou renunciar, mas seu pedido foi rejeitado.
Desertou em 15 de fevereiro, quando foi enviado para negociar com os primeiros rebeldes em Benghazi, e ajudou a criar o CNT para atuar como governo de transição nas regiões sob domínio rebelde. Abdel Jalil se tornou o político mais odiado por Gaddafi, que ofertou € 300 mil (R$ 690 mil) por sua captura.


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