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Falta de trem e metrô é entrave em SP
da Redação
Um movimento como o que
ocorreu ontem em Paris e em outras cidades européias não é viável
em São Paulo porque a cidade não
possui a mesma extensão de malha metroviária e ferroviária.
A opinião é de Roberto Scaringella, diretor do INST (Instituto
Nacional da Segurança no Trânsito). "O paulistano depende muito
mais do transporte de superfície
(carro e ônibus) do que o parisiense", diz. São Paulo tem 49 km
de metrô, contra 200 km de Paris.
Para ele, os países descobrem
que é preciso lidar com a demanda de transporte coletivo, e não só
com a oferta. "As novas iniciativas
pedem uma mudança de comportamento, não investimentos."
O diretor do INST diz que a solução para o trânsito paulistano
está na criação de pedágios espalhados pela cidade.
A última pesquisa de origem e
destino, conduzida em 97 pela
prefeitura, indica que, dos 30 milhões de deslocamentos diários na
Grande São Paulo, um terço é de
pedestres que se mantêm próximos de casa, dispensando o carro.
Marcos Bicalho, diretor-superintendente da ANTU (Associação Nacional de Transportes Urbanos), afirma que a iniciativa de
ontem na Europa é consequência
do incentivo aos transportes públicos nos países europeus. "No
Brasil, o governo ainda incentiva
a produção e o uso do carro."
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