|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ORIENTE MÉDIO
Forças israelenses matam quatro palestinos
EUA dizem que cerco não ajuda a acabar com atentados suicidas
DA REDAÇÃO
Os EUA disseram que o cerco
de Israel ao quartel-general de
Iasser Arafat em Ramallah não
ajuda a acabar com os atentados
suicidas palestinos. O cerco e a
destruição de prédios do complexo onde o presidente da Autoridade Nacional Palestina se encontra isolado começaram na quinta-feira, depois de dois ataques palestinos suicidas em Israel.
"As ações israelenses não ajudam a reduzir a violência terrorista ou a promover reformas na
ANP", disse Jeanie Mamo, porta-voz da Casa Branca. "Pedimos a
Israel que continue a examinar as
consequências de suas ações em
relação aos objetivos traçados pelo presidente [George W. Bush"
em seu discurso de 24 de junho."
No discurso, Bush pediu uma "liderança palestina nova e diferente" e disse que ajudaria a criar um
Estado palestino provisório em
três anos se os palestinos criassem
novas instituições e um novo
acordo de segurança com Israel.
Os EUA também condenaram
os ataques terroristas contra Israel. "É importante que os palestinos entendam que a violência terrorista causa graves danos às aspirações por um Estado palestino."
Boa parte do QG de Arafat foi
destruída. Cerca de 250 pessoas se
encontram isoladas com o líder
palestino no único prédio que
permanece de pé. À noite, fontes
israelenses disseram que as demolições foram interrompidas.
Arafat há havia dito que não se
entregará e se recusou a entregar
50 militantes suspeitos que Israel
diz estar dentro do complexo. Israel insistiu que Arafat não é o alvo, mas exigiu a rendição de todos
que estão no escritório, dizendo
que a maioria seria libertada.
O Reino Unido também pediu o
fim da operação. "Entendemos a
necessidade primordial de Israel
de segurança. Mas é difícil ver como a ação em Ramallah resolverá
o problema da violência palestina", declarou o chanceler britânico, Jack Straw.
O presidente do Egito, Hosni
Mubarak, enviou mensagem ao
presidente Bush pedindo o fim do
cerco, disse o diário "Al Ahram".
Segundo o jornal, Mubarak disse
que as ações israelenses "põem
em risco a estabilidade e a segurança na região como um todo".
Rússia e Canadá também pediram o fim das ações israelenses no
QG de Arafat.
Milhares de pessoas tomaram
as ruas de cidades da faixa de Gaza e da Cisjordânia para protestar
contra o cerco israelense em Ramallah. Quatro manifestantes foram mortos por forças israelenses. Um menino de 13 anos, foi
morto ao violar um toque de recolher, mas fontes militares de Israel disseram que ele se queimou
ao tentar acender uma bomba.
Na cidade de Gaza, milhares
marcharam em frente ao Parlamento palestino. Abu Mohammed, membro do grupo extremista Brigadas dos Mártires de Al
Aqsa, disse que "é hora dos os palestinos ensinarem uma lição aos
israelenses e de defender Arafat".
Líderes palestinos convocaram
uma greve geral para amanhã.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Israel diz que reagirá se for atacado Próximo Texto: Panorâmica: Protesto: Manifestação rural reúne 400 mil em Londres Índice
|