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Israel diz que reagirá se for atacado
DA REDAÇÃO
O primeiro-ministro israelense,
Ariel Sharon, informou o governo
de George W. Bush que Israel pretende reagir caso o Iraque ataque
o país, segundo o diário "The New
York Times". A declaração de
Sharon, diz o jornal, reflete uma
mudança em relação à atitude
adotada na Guerra do Golfo
(1991), quando 39 mísseis Scud
iraquianos atingiram Israel.
Na época, Israel respeitou pedido dos EUA e não revidou. A nova
posição adotada por Sharon refletiria a opinião existente entre políticos e generais israelenses de que
líderes árabes tomaram a atitude
de Israel durante a Guerra do Golfo como um sinal de fraqueza.
Questionado sobre a matéria
pela rede CNN, o chanceler israelense, Shimon Peres, não disse o
que Israel faria se for atacado, mas
deixou claro que seu país tomaria
ações coordenadas com os norte-americanos. "Entendemos que
não haverá duas guerras e não haverá dois comandos", disse Peres.
Nos EUA, membros do Congresso alertaram que um ataque
unilateral dos EUA contra o Iraque poderia acabar envolvendo
Israel e provocar uma guerra mais
ampla no Oriente Médio.
O senador Joseph Biden, do Comitê de Relações Internacionais
do Senado, disse que, se Israel se
envolver, "haverá uma guerra
árabe-israelense".
A posição de Sharon tem implicações significativas para o Pentágono, que teme que um envolvimento israelense dificultaria a
manutenção da cooperação de
países árabes onde Washington
espera basear forças americanas.
O Pentágono também está planejando ações militares para reduzir ao máximo a possibilidade
de uma ação iraquiana contra Israel. Funcionários israelenses disseram que os EUA farão uma intensa campanha aérea e terrestre
para destruir lançadores de mísseis no oeste do Iraque.
De acordo com pesquisa recente feita pelo diário "Yediot Ahronot", 70% dos israelenses acreditam que a nação deveria retaliar
se for atacada por mísseis Scud
iraquianos.
Uma fonte ligada a Sharon disse
à agência Reuters que "o ministro
da Defesa e o premiê disseram
que, em um ataque, "o país se reserva o direito de responder com
medidas adequadas".
Com agências internacionais
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