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COSTA DO MARFIM
França reforça presença militar em ex-colônia
DA REDAÇÃO
A França decidiu enviar reforços militares para a Costa do Marfim, onde uma insurreição começou quinta-feira contra o governo
do presidente Laurent Gbagbo.
Na madrugada de domingo, helicópteros desembarcaram mais
cem soldados franceses, que reforçam um contingente de 600
homens já existente na ex-colônia
francesa, com quem a França possui um acordo militar.
A decisão foi justificada como
uma medida para proteger 20 mil
cidadãos franceses que moram na
Costa do Marfim. A França negou
intenção de intervir no país.
Ontem, as tropas do governo
atacaram a cidade de Bouake, que
é a segunda maior do país e foi tomada pelos rebeldes. Os insurretos fizeram um apelo por negociações com mediação da França,
mas ele teria sido ignorado.
Segundo a TV estatal, os combates já deixaram 270 mortos e
300 feridos. Um dos mortos foi o
ex-general Robert Guei, acusado
de iniciar a insurreição.
Um dos motivos para o conflito
entre o governo e as tropas rebeldes teria sido a expulsão de 800
soldados do Exército sob acusações de deslealdade.
Desde 1999, quando houve outra tentativa de golpe de Estado, a
Costa do Marfim passa por conflitos entre cristãos (que controlam
o sul e o oeste do país) e muçulmanos (norte). Grupos paramilitares foram acusados de massacrar muçulmanos em 2001.
De acordo com a Cruz Vermelha, quase 4.000 pessoas estão desabrigadas na cidade de Abidjã,
capital comercial.
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