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BARRADO NO BAILE
Convertido ao islã nos anos 70, britânico é acusado de financiar Hamas
Cantor é impedido de entrar nos EUA por suposto vínculo terrorista
DA REDAÇÃO
O cantor britânico Cat Stevens teve sua entrada nos Estados Unidos barrada ontem e deverá ser deportado ao Reino
Unido, sob acusação de que
suas atividades podem estar
"relacionadas ao terrorismo".
Conhecido como Yusuf Islam
desde que abandonou a carreira
artística e se converteu ao islamismo em 1977, o cantor apareceu em uma lista de supostos
terroristas ao desembarcar no
aeroporto de Bangor (Maine).
"Por que ele está nas listas [de
terroristas]? Por causa de suas
atividades, que podem estar potencialmente ligadas ao terrorismo", disse Brian Doyle, porta-voz do Departamento de Segurança Interna dos EUA.
"A comunidade de inteligência recebeu informações adicionais que aumentam ainda mais
nossa preocupação", afirmou,
sem dar detalhes. Segundo Doyle, Islam seria colocado no primeiro vôo de volta ao Reino
Unido, na tarde de ontem.
Os EUA acreditam que Islam,
que esteve no país em maio,
mantém vínculos com potenciais terroristas e fez doações em
dinheiro ao grupo terrorista Hamas, dizem fontes do governo.
O cantor já havia sido impedido de entrar em Israel em 2000,
acusado pelas autoridades israelenses de apoiar o Hamas.
Islam negou as acusações e
disse que suas doações eram para causas humanitárias. Entre as
iniciativas que diz apoiar estão
ajudas a crianças afetadas pelas
guerras na Bósnia e no Iraque e
a vítimas do 11 de Setembro.
Islam, 56, viajava de Londres
com destino a Washington. Mas
o vôo foi desviado para Bangor
depois que autoridades americanas detectaram-no na lista de
passageiros. Sua filha, que o
acompanhava, teve permissão
para ficar nos EUA.
A decisão foi criticada por
grupos islâmicos americanos e
britânicos. Islam é o segundo
muçulmano de renome a ser
barrado nos EUA. O acadêmico
Tariq Ramadan foi impedido de
trabalhar no país em agosto depois que o governo negou seu
visto, sem explicações.
A Casa Branca disse esta semana que companhias áreas terão de entregar registros de passageiros até novembro, a serem
usados num programa, chamado "Vôo Seguro", para "caçar"
supostos terroristas que tentEm
embarcar em vôos comerciais.
A iniciativa faz parte das recomendações da comissão do
Congresso americano sobre o 11
de Setembro.
Com agências internacionais
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